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Erdogan x Holanda; Brexit: vitória…

Holanda x Turquia O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, expulsou o embaixador holandês do país, ameaçou impor sanções à Holanda e disse ainda que vai denunciar o país à Corte Europeia de Direitos Humanos. As desavenças começaram após um comício de dois ministros turcos sobre a reforma constitucional do país ter sido impedido de […]

ERDOGAN: presidente turco chamou Holanda de “nazista”. Na imagem, manifestantes seguram cartaz com foto do presidente em protesto / Dylan Martinez/Reuters
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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2017 às 18h49.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h18.

Holanda x Turquia

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, expulsou o embaixador holandês do país, ameaçou impor sanções à Holanda e disse ainda que vai denunciar o país à Corte Europeia de Direitos Humanos. As desavenças começaram após um comício de dois ministros turcos sobre a reforma constitucional do país ter sido impedido de ocorrer em Roterdã no fim de semana. O governo holandês também impediu que um chanceler turco pousasse em seu território, mas justifica as proibições por questão de segurança, devido a protestos marcados contra o comício. Ao comentar o caso, Erdogan disse que os holandeses se comportaram como “uma república das bananas” e como “seguidores nazistas”.

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Acordo em risco

O presidente turco já havia chamado de “nazistas” cidades alemãs que também proibiram comícios a favor do referendo. A votação acontece em abril e políticos pró-governo têm feito campanha em países europeus, uma vez que turcos vivendo no exterior também podem votar. Em resposta, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a Holanda tem seu “total apoio e solidariedade”. As desavenças com as potências europeias afastam cada vez mais os turcos de suas ambições de ingressar na União Europeia e também devem prejudicar um acordo no qual a Turquia havia se comprometido a barrar a entrada de imigrantes no continente. O ministro turco para Assuntos Europeus, Omer Celik, disse que a Turquia deve “reavaliar” a questão.

Nevasca traiçoeira

Também nesta segunda-feira, Merkel adiou uma viagem que faria aos Estados Unidos para visitar o presidente americano, Donald Trump. O motivo foram as “condições climáticas”, conforme anunciou a Casa Branca: uma tempestade deverá atingir os Estados Unidos na terça-feira e deverá ser a pior nevasca do ano até agora, com previsão de acúmulo de mais de meio metro de neve e ventos de 90 quilômetros por hora. Mais cedo, um porta-voz de Merkel disse que a chanceler aguardava a oportunidade de ter uma “detalhada troca de visões com o presidente dos Estados Unidos”. O principal ponto de discordância entre os dois é o apoio de Trump ao Brexit, processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

Trumpcare: 24 milhões sem plano

O Comitê de Orçamento do Congresso americano divulgou relatório mostrando que 24 milhões de pessoas podem perder seu plano de saúde com o fim do Obamacare, sistema de subsídios implantado pelo ex-presidente Barack Obama. Na semana passada, o presidente americano, Donald Trump, anunciou o American Health Care Act, que diminui alguns dos subsídios dados aos mais pobres e aumenta a ajuda governamental às pessoas de renda maior. O projeto é criticado até mesmo pelos republicanos por não cortar gastos governamentais no setor. Na semana passada, a primeira versão do texto passou em duas comissões na Câmara, e democratas acusam os republicanos de estarem correndo para aprovar o texto sem discutir os problemas da lei.

Vitória de May

A Câmara dos Comuns do Reino Unido — similar à Câmara dos Deputados brasileira — aprovou uma lei que autorizará a premiê britânica, Theresa May, a iniciar as negociações para o Brexit. A Casa rejeitou emendas adicionadas anteriormente pela Câmara dos Lordes — análoga do Senado — que exigiam que, antes de iniciar o Brexit, o governo incluísse medidas para assegurar os direitos dos cidadãos europeus vivendo em território britânico. Com o resultado, o processo do Brexit poderá ser iniciado já na próxima terça-feira 21.

Escócia: referendo já

A premiê da Escócia, Nicola Sturgeon, disse que vai tomar as medidas necessárias para realizar um segundo referendo sobre a permanência da Escócia no Reino Unido. A líder escocesa pedirá autorização ao Parlamento na próxima semana, e o objetivo é que a votação ocorra entre o segundo semestre de 2018 e o primeiro de 2019. Em 2014, a Escócia já havia realizado um referendo desse tipo, mas na ocasião a população decidiu ficar por causa do acesso à União Europeia — agora, com a saída do Reino Unido do bloco, a situação muda de figura. Sturgeon classificou a condução do Brexit pela colega Theresa May como “muro de intransigência”.

Mubarak livre

A Justiça do Egito autorizou a liberação do ex-ditador Hosni Mubarak, atualmente detido num hospital no Cairo depois de ser condenado, em 2012, pela morte de 239 manifestantes durante protestos contra seu governo. Após mais de quatro anos preso, o ex-ditador, de 88 anos, foi inocentado por um tribunal egípcio no mês passado. Em 2011, as manifestações contra Mubarak levaram à queda do ditador e fizeram parte de um movimento que ficou conhecido como Primavera Árabe e derrubou diferentes ditadores na região.

Intel: 15 bi para os carros autônomos

A fabricante de chips e processadores Intel anunciou a compra da startup israelense Mobileye, que produz sensores para carros autônomos. A aquisição custou 15,3 bilhões de dólares, valor 34% maior do que o preço atual das ações da Mobileye, que é dona de 70% do mercado mundial de softwares para condução autônoma. A fusão deve ser concluída em até nove meses. É o maior negócio envolvendo uma empresa israelense de tecnologia e a maior compra da história no setor de condução autônoma. A Intel busca expandir sua participação no setor e já tem uma parceria com a montadora BMW para produzir equipamento para veículos sem motorista.

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