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Erdogan espera que ataque dos EUA à Síria "seja só o começo"

O presidente turco acredita que o regime sírio foi responsável pelo bombardeio com armas químicas que deixou 84 mortos e 546 feridos

Recep Tayyip Erdogan: governo turco responsabilizou as forças armadas do regime sírio pelo ataque químico ocorrido há poucos dias (Umit Bektas/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de abril de 2017 às 14h45.

Última atualização em 7 de abril de 2017 às 14h46.

Ancara - O presidente da Turquia , Recep Tayyip Erdogan, qualificou nesta sexta-feira de "passo positivo" o bombardeio dos Estados Unidos sobre uma base militar síria , embora tenha afirmado que esse ataque não é suficiente e acredita que seja o começo de uma postura internacional para deter o regime de Damasco.

"Desejo que esta postura ativa dos Estados Unidos contra o ataque em Idlib seja só o começo", afirmou o chefe de Estado turco, em referência à operação contra a base aérea síria desde que acredita-se que o regime tenha lançado o bombardeio com armas químicas que deixou 84 mortos e 546 feridos nessa província síria.

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"Finalmente houve declarações e intervenções positivas dos EUA neste assunto. Já dissemos que o apoiaremos", disse o presidente em um comício na província meridional de Hatay, na qual estão hospitalizadas quase 30 vítimas do ataque químico, e que foi transmitido ao vivo pela rede "CNNTÜRK".

"Nesta noite, os EUA lançaram um ataque contra uma base aérea síria em resposta ao ataque contra Idlib. Quero dizer aqui que me parece um passo positivo contra os crimes de guerra cometidos na Síria", declarou Erdogan.

"É suficiente? Eu digo que não é suficiente. Devemos continuar. Chegou o momento de dar passos para proteger o oprimido povo sírio em todas partes. Achamos que os últimos eventos mostram que tínhamos razão quando pedíamos estabelecer na Síria zonas de segurança, após limpá-las de terroristas", acrescentou.

Erdogan afirmou que se a comunidade internacional mostra a determinação necessária, é possível "parar o regime e os grupos terroristas" que operam na Síria.

O governo turco, da mesma forma que EUA e a União Europeia, responsabilizou as forças armadas do regime sírio pelo ataque químico, apesar de Damasco negar seu envolvimento.

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