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Erdogan diz que ofensiva na Síria seguirá até a extinção de terroristas

O presidente da Turquia defendeu a ofensiva na Síria e disse que os refugiados sírios serão deslocados para a "zona segura"

Turquia: a ofensiva turca foi alvo de sanções dos Estados Unidos (Mustafa Kamaci/Turkish Presidential Press Office/Reuters)
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EFE

Publicado em 15 de outubro de 2019 às 10h43.

Última atualização em 15 de outubro de 2019 às 13h47.

Baku — O presidente da Turquia , Recep Tayyip Erdogan, garantiu nesta terça-feira que a atuação das forças militares do país no nordeste do país seguirá até que todos os alvos estipulados sejam derrotados.

"A operação continuará enquanto a ameaça terrorista não estiver eliminada. Prosseguirá até que cumpramos plenamente os objetivos que planejamos", disse o chefe de governo, durante a realização da cúpula de países turcomanos, que acontece em Baku, no Azerbaijão.

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Erdogan garantiu que a operação na fronteira com a Síria vem acontecendo de acordo com o plano apresentado pelo governo da Turquia junto ao Conselho de Segurança da ONU.

"Peço aos países irmãos que apoiem a Turquia na luta contra o terrorismo", disse o presidente.

Erdogan reafirmou a intenção do governo que lidera de criar uma região de segurança em todo o nordeste da Síria, até a fronteira com o Iraque, onde será criada uma área de reassentamento, para o retorno de refugiados.

"Em sete dias de operação, limpamos dos terroristas mil quilômetros quadrados do território. Garantimos a segurança das nossas fronteiras", assegurou, em evento que também conta com a presença dos governantes de Azerbaijão, Uzbequistão, Cazaquistão e Quirguistão.

Hoje, a Turquia reforçou a presença militar nas regiões que controla no norte da Síria, diante do avanço iminente das forças leais ao presidente sírio, Bashar al Assad -, que chegaram a um acordo com as milícias curdas para conter a ofensiva.

O governo de Erdogan iniciou na última quarta-feira uma operação para expulsar as milícias curdo sírias Unidades de Proteção do Povo (YPG), aliadas dos Estados Unidos na luta contra o Estado Islâmico (EI), mas que Ancara considera uma organização terrorista.

Prisão de opositores

Políticos de partido pró-curdo HDP foram são presos na Turquia. Na província de Hakkari, na fronteira com o Iraque, as forças de segurança prenderam um dos dois prefeitos da capital, de mesmo nome, e os dois de Yüksekova. Também foram detidos os dois governantes do distrito de Ercis, na província de Van, e os do distrito de Nusaybin, na província de Mardin.

Em Nusaybin, 11 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas na semana passada devido a projéteis lançados da Síria em resposta à ofensiva turca contra as milícias curdas Unidades de Proteção do Povo (YPG) no norte do país vizinho.

O partido pró-curdo HDP, a terceira maior força no Parlamento de Ancara, é o único grupo político turco que se opõe à invasão na Síria.

O governo proibiu protestos contra a ofensiva militar em várias cidades do país e dezenas de simpatizantes do HDP foram detidos nos últimos dias. Em algumas províncias, como Hakkari e Gaziantep, os governos deram um passo além e proibiram qualquer tipo de manifestação, declaração ou reuniões durante 30 dias.

As autoridades turcas detiveram cerca de 200 pessoas na última semana por publicarem nas redes sociais comentários críticos em relação à ofensiva militar turca na Síria.

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