Era Berlusconi termina, mas magnata ainda terá influência
A Itália inaugura uma nova era política, após expulsão do parlamento de Silvio Berlusconi que, no entanto, tem a intenção de se manter ativo na política
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 13h34.
Roma - A Itália inaugura nesta quinta-feira uma nova era política, depois da humilhante expulsão do parlamento do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi , que, no entanto, tem a intenção de se manter ativo na política, mesmo temendo terminar na prisão por seus vários delitos judiciais.
"O magnata sai do parlamento, mas não da política, pelo menos no momento", afirma o analista político Roberto D'Alimonte em um editorial do jornal econômico Il Sole 24 Ore.
O magnata, que prometeu exercer uma oposição dura contra o governo de coalizão nacional entre esquerda e direita através de seu império das comunicações, anunciou que prosseguirá com sua carreira política como líder dos milhões de italianos que o elegeram e apoiam há 20 anos.
"Não se pode subestimar esses seis ou sete milhões de eleitores fieis. Enquanto puder dispor desses votos e de seus recursos financeiros e midiático, Il Cavaliere não está acabado", escreveu D'Alimonte.
"Agora o verdadeiro problema é conservar esses eleitores", enfatizou.
Se para muitos observadores e comentaristas a era Berlusconi parece ter acabado, para o próprio interessado é apenas um novo desafio.
"Não vou me esconder num convento. Continuarei aqui, com vocês. Não se desesperem se seu líder não está no Senado. Não é necessário para continuar fazendo políco", declarou ante seus seguidores concentrados na véspera diante de sua residência em Roma, logo depois de sua expulsão.
Apesar do aspecto cansado, desafiou seus adversários políticos e convocou seus simpatizantes a festar em 8 de dezembro o nascimento do "Forza Silvio" (Força Silvio).
Segundo vários especialistas, o magnata lançará uma campanha muito populista para as eleições europeias de 2014 e vai ensaiar seu poder de sedução de fora do parlamento com seus tradicionais cavalos de batalha: menos impostos, crítica à política econômica de austeridade da União Europeia e as medidas contra a crise do governo de coalizão de centro-esquerda de Enrico Letta.
Na véspera, Berlusconi foi expulso do Senado através de um complexo sistema, que incluiu nove votações a emendas para tentar salvá-lo, mas a plenária da Casa, com 321 senadores, aprovou a retirada de sua vaga, após a condenação por parte do Tribunal Superior a quatro anos de prisão por fraude fiscal pelo caso Mediaset. A sanção está prevista em uma lei de 2012.
O resultado da votação era esperado, já que a esquerda e o Movimento Cinco Estrelas do comediante Beppe Grillo haviam anunciado uma votação conjunta em favor da expulsão de "Il Cavaliere", de 77 anos.
Milhares de manifestantes se reuniram em frente à residência de Berlusconi no coração de Roma, na mesma hora em que o Senado votava sua expulsão.
"Berlusconi, mártir da liberdade", dizia um dos cartazes carregados por vários jovens que levavam bandeiras da Itália e cantavam o hino do Forza Italia.
Roma - A Itália inaugura nesta quinta-feira uma nova era política, depois da humilhante expulsão do parlamento do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi , que, no entanto, tem a intenção de se manter ativo na política, mesmo temendo terminar na prisão por seus vários delitos judiciais.
"O magnata sai do parlamento, mas não da política, pelo menos no momento", afirma o analista político Roberto D'Alimonte em um editorial do jornal econômico Il Sole 24 Ore.
O magnata, que prometeu exercer uma oposição dura contra o governo de coalizão nacional entre esquerda e direita através de seu império das comunicações, anunciou que prosseguirá com sua carreira política como líder dos milhões de italianos que o elegeram e apoiam há 20 anos.
"Não se pode subestimar esses seis ou sete milhões de eleitores fieis. Enquanto puder dispor desses votos e de seus recursos financeiros e midiático, Il Cavaliere não está acabado", escreveu D'Alimonte.
"Agora o verdadeiro problema é conservar esses eleitores", enfatizou.
Se para muitos observadores e comentaristas a era Berlusconi parece ter acabado, para o próprio interessado é apenas um novo desafio.
"Não vou me esconder num convento. Continuarei aqui, com vocês. Não se desesperem se seu líder não está no Senado. Não é necessário para continuar fazendo políco", declarou ante seus seguidores concentrados na véspera diante de sua residência em Roma, logo depois de sua expulsão.
Apesar do aspecto cansado, desafiou seus adversários políticos e convocou seus simpatizantes a festar em 8 de dezembro o nascimento do "Forza Silvio" (Força Silvio).
Segundo vários especialistas, o magnata lançará uma campanha muito populista para as eleições europeias de 2014 e vai ensaiar seu poder de sedução de fora do parlamento com seus tradicionais cavalos de batalha: menos impostos, crítica à política econômica de austeridade da União Europeia e as medidas contra a crise do governo de coalizão de centro-esquerda de Enrico Letta.
Na véspera, Berlusconi foi expulso do Senado através de um complexo sistema, que incluiu nove votações a emendas para tentar salvá-lo, mas a plenária da Casa, com 321 senadores, aprovou a retirada de sua vaga, após a condenação por parte do Tribunal Superior a quatro anos de prisão por fraude fiscal pelo caso Mediaset. A sanção está prevista em uma lei de 2012.
O resultado da votação era esperado, já que a esquerda e o Movimento Cinco Estrelas do comediante Beppe Grillo haviam anunciado uma votação conjunta em favor da expulsão de "Il Cavaliere", de 77 anos.
Milhares de manifestantes se reuniram em frente à residência de Berlusconi no coração de Roma, na mesma hora em que o Senado votava sua expulsão.
"Berlusconi, mártir da liberdade", dizia um dos cartazes carregados por vários jovens que levavam bandeiras da Itália e cantavam o hino do Forza Italia.