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Equipes esperam encontrar destroços de avião em poucos dias

Destroços do voo podem ser localizados graças aos sinais acústicos detectados no sul do Oceano Índico, que provêm provavelmente das caixas-pretas

Mergulhador ao lado de embarcação que busca a caixa-preta do voo MH370 no Oceano Índico: o voo MH370 desapareceu pouco depois de sua decolagem (Leut Ryan Davis/AFP)

Mergulhador ao lado de embarcação que busca a caixa-preta do voo MH370 no Oceano Índico: o voo MH370 desapareceu pouco depois de sua decolagem (Leut Ryan Davis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 14h45.

Perth - Os destroços do voo MH370, que desapareceu há mais de um mês com 239 pessoas a bordo, podem ser localizados em poucos dias, graças aos sinais acústicos detectados no sul do Oceano Índico que provêm provavelmente das caixas-pretas.

A Austrália, encarregada da coordenação das buscas, anunciou nesta quarta-feira duas novas emissões sonoras captadas na véspera e que se somam às do último fim de semana, na mesma zona, de uma frequência idêntica à das preciosas caixas-pretas.

"O 'Ocean Shield' pôde captar novamente sinais em duas ocasiões, ontem (terça-feira) no fim da tarde e depois ao anoitecer", indicou o responsável pelas operações, Angus Houston, em Perth (oeste da Austrália).

O primeiro sinal durou cinco minutos e 32 segundos, o outro 7 minutos.

As quatro detecções foram realizadas mais de 2.000 km a noroeste de Perth, na trajetória estimada do Boeing 777 da Malaysia Airlines que desapareceu no dia 8 de março com 239 pessoas a bordo.

Os barcos equipados com sondas não haviam registrado mais sinais no domingo e segunda-feira, e os investigadores temiam que as caixas-pretas do Boeing - se sua presença nesta zona for confirmada - teriam deixado de emitir depois do consumo de suas baterias, cuja duração é de aproximadamente 30 dias.

Angus Houston declarou que as análises das duas primeiras impulsões acústicas, de sábado, dia 5, concluíram que eram compatíveis com as frequências emitidas pelos gravadores de voo, chamados geralmente de "caixas-pretas".

O ex-chefe das forças armadas australianas reiterou seus pedidos de prudência até que sejam localizados formalmente os destroços do Boeing, sugerindo, no entanto, que os investigadores estavam próximos do seu objetivo.


Destino final do MH370

Os sinais submarinos devem permitir circunscrever "uma pequena zona estreita" de buscas e "eu espero que em alguns dias encontremos algo no fundo (do mar) que confirme que se trata do destino final do MH370", declarou.

"Acredito que estamos buscando no local correto, mas ainda devemos identificar o avião visualmente", acrescentou.

Quando a suposta zona de imersão dos destroços da aeronave, a 4.000 ou 5.000 metros de profundidade, for localizada, os investigadores enviarão um robô submarino equipado com um sonar, o Bluefin-21.

"Acredito que não estamos muito distantes", afirmou Houston.

Uma frota naval e aérea internacional vasculha o sul do Oceano Índico há várias semanas em busca dos destroços das caixas-pretas do Boeing.

Onze aviões militares, quatro civis e 14 navios estavam mobilizados nesta quarta-feira para examinar um per´metro de 75.423 km2.

O voo MH370 havia partido de Kuala Lumpur rumo a Pequim no dia 8 de março, mas desapareceu pouco depois de sua decolagem.

Segundo os dados fornecidos pelos satélites, acredita-se que o avião tenha caído no Oceano Índico, o que significaria que, por um motivo desconhecido, mudou completamente de rota.

A investigação criminal examina a possibilidade de um desvio, um ato de sabotagem ou uma ação desesperada de um passageiro ou um tripulante. No entanto, no momento não há nenhum elemento material que apoie alguma destas hipóteses.

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