Mundo

Equador confirma reunião de chanceleres de Unasul e Alba

O secretário-executivo da Alba indicou que na reunião do grupo será analisada ''a situação criada pelo asilo político'' outorgado a Assange


	Reunião da Unasul: os chanceleres da Alba se reunirão no sábado, e os da Unasul, no domingo
 (Jorge Bernal/AFP)

Reunião da Unasul: os chanceleres da Alba se reunirão no sábado, e os da Unasul, no domingo (Jorge Bernal/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2012 às 18h51.

Quito - Os chanceleres da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) se reunirão neste fim de semana em Guayaquil para analisar o caso Julian Assange, confirmou nesta quinta-feira uma fonte do Ministério de Relações Exteriores equatoriano.

A fonte disse à Agência Efe que os chanceleres da Alba se reunirão no sábado, e os da Unasul, no domingo.

O chanceler Ricardo Patiño havia antecipado hoje a possibilidade da reunião ministerial em entrevista coletiva na qual anunciou que seu país concedeu asilo político ao fundador do Wikileaks, que permanece refugiado na embaixada de Quito em Londres e é reivindicado pela Suécia.

Por sua parte, o secretário-executivo da Alba, o venezuelano Rodolfo Sanz, também indicou que na reunião do grupo será analisada ''a situação criada pelo asilo político'' outorgado a Assange, que está na embaixada do Equador em Londres desde junho.

''Todos sabemos das firmes posições do presidente (do Equador, Rafael) Correa de não permitir ingerências nos assuntos internos do Equador e os países da Alba viemos respaldá-lo'', disse Sanz ao canal ''Teleamazonas''.

Acrescentou que a figura do asilo ''deve ser respeitada'' e foi respeitada ''durante tempos de guerra, durante governos ditatoriais militares, nunca se interveio, se ocupou militarmente ou pela força policial uma embaixada''.


Ao anunciar a concessão do asilo, Patiño voltou a rejeitar hoje um documento recebido nesta quarta-feira das autoridades britânicas no qual advertem que poderiam invadir a sede da embaixada para prender Assange, pois devem cumprir a obrigação legal de extraditá-lo à Suécia, e o qualificou de ''ameaça explícita''.

O chanceler equatoriano se mostrou confiante que Londres outorgará o salvo-conduto a Assange para que abandone a embaixada.

No entanto, o ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, assinalou hoje que não há razões legais para outorgar um salvo-conduto ao fundador de Wikileaks.

''Não há nenhuma base legal que nos obrigue a isso'', apontou Hague, ressaltando que a imunidade diplomática não deve ser utilizada para ''dar refúgio'' a supostos criminosos e que o processo na Suécia teria ''garantias'' legais.O ativista australiano é requerido pelas autoridades suecas por supostos crimes sexuais contra duas mulheres desse país, às quais conheceu em Estocolmo em agosto de 2010. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEquadorPolíticaUnasul

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua