Exame Logo

Epidemia de ebola já atingiu 13.567 pessoas e já matou 4.951

O surto da doença está concentrado em três países africanos: em Serra Leoa, na Libéria e na Guiné

Ebola: todos os distritos da Libéria e de Serra Leoa registraram casos de ebola (Zoom Dosso/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 18h19.

Brasília - Dados divulgados hoje (31) pela Organização Mundial da Saúde ( OMS ) mostram que 4.951 pessoas morreram de ebola desde o início do atual surto da doença , no começo deste ano.

Desde então, 13.567 pessoas foram contaminadas pelo vírus.

O surto da doença está concentrado em três países africanos: Serra Leoa, na Libéria e na Guiné, onde 13.540 pessoas foram contaminadas pelo vírus e 4.941 morreram.

Todos os distritos da Libéria e de Serra Leoa registraram casos de ebola.

Mali, Nigéria e Senegal, também na África, Estados Unidos e Espanha tiveram casos iniciais da doença, importados dos países onde há epidemia e/ou transmissão localizada.

Em outro país africano, a República Democrática do Congo, foram registrados casos da doença totalmente desconectados do surto.

A Nigéria teve 20 casos e oito mortes e o Senegal, um. Os dois países já são considerados livres do ebola.

No Mali, a única paciente com ebola morreu. Na Espanha, uma enfermeira foi contaminada pelo vírus e, apesar da gravidade do caso, foi curada.

Nos Estados Unidos, quatro pessoas contraíram o vírus e uma delas morreu.

Na República Democrática do Congo, 66 pessoas tiveram ebola e 49 morreram. Os casos da doença nesse país estão totalmente desconectados dos anteriormente citados.

Faz 20 dias que o país não tem notificação de novos casos – quando completar 42 dias sem registro, será considerado livre do ebola.

No Brasil, o governo ainda considera remota a possibilidade de disseminação do vírus, já que não há voos diretos vindos dos países onde há surto.

Mesmo assim, o Ministério da Saúde decidiu aferir a temperatura de passageiros procedentes da Guiné, de Serra Leoa e da Libéria que desembarcam no Brasil, em uma tentativa de identificar casos suspeitos de ebola.

A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, e já está sendo implementada desde as 5h de hoje no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Normalmente o ebola se manifesta entre cinco e 21 dias depois da contaminação.

Inicialmente, após o contato e a infecção pelo ebola, o principal sintoma é a febre, que pode vir associada a dores no corpo (músculos e garganta) e de cabeça.

Náuseas, vômitos e diarreia podem vir em seguida. Com a evolução da doença, o paciente começa a ter sangramentos, que podem ser na pele, na boca e no intestino, o que pode levar à morte.

O vírus ebola tem um índice de mortalidade de 70%. Ao lado da tragédia, o fotógrafo John Moore decidiu retratar os raros sobreviventes da doença na Libéria, o país mais afetado pela epidemia. Na foto, Jeremra Cooper, 16, enxuga o rosto do calor, enquanto espera na seção de baixo risco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em Paynesville, Libéria. O aluno da 8 ª série disse que perdeu seis familiares para a epidemia de Ebola antes de ficar doente e de ser enviado para o centro dos MSF, onde ele se recuperou após um mês.
  • 2. Mohammed Wah, 23

    2 /15(John Moore/Getty Images)

  • Veja também

    O trabalhador da construção civil diz que o Ebola matou cinco membros de sua família e que ele acha que contraiu a doença enquanto cuidava de seu sobrinho.
  • 3. Varney Taylor, 26

    3 /15(John Moore/Getty Images)

  • Perdeu três membros da família para a doença e acredita que contraiu Ebola enquanto carregava o corpo de sua tia após a morte dela.
  • 4. Benetha Coleman, 24

    4 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram em decorrência da doença.
  • 5. Victoria Masah, 28

    5 /15(John Moore/Getty Images)

    Seu marido e dois filhos morreram por causa do ebola.
  • 6. Eric Forkpa, 23

    6 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante de engenharia civil, disse que acha que pegou ebola enquanto cuidava de seu tio doente. Ele passou 18 dias no centro dos MSF se recuperando do vírus.
  • 7. Emanuel Jolo, 19

    7 /15(John Moore/Getty Images)

    O estudante do ensino médio perdeu seis membros da família e acredita que contraiu a doença enquanto lavava o corpo de seu pai, que morreu de Ebola.
  • 8. James Mulbah, 2

    8 /15(John Moore/Getty Images)

    O garotinho posa para a foto enquanto é segurado pela mãe, que também se recuperou do ebola.
  • 9. John Massani, 27

    9 /15(John Moore/Getty Images)

    Trabalhador da construção civil, ele acredita que pegou a doença enquanto carregava o corpo de um parente. Ele perdeu seis familiares por causa do ebola.
  • 10. Mohammed Bah, 39

    10 /15(John Moore/Getty Images)

    Bah, que trabalha como motorista, perdeu a mulher, a mãe, o pai e a irmã para o ebola.
  • 11. Vavila Godoa, 43

    11 /15(John Moore/Getty Images)

    O alfaiate diz que o estigma de ter tido Ebola é algo difícil. Ele perdeu todos os seus clientes devido ao medo. "Eles não vêm mais", afirma. Ele acredita que pegou Ebola enquanto cuidava de sua esposa doente.
  • 12. Ami Subah, 39

    12 /15(John Moore/Getty Images)

    Subah, uma parteira, acha que pegou ebola quando fez o parto de um bebé de uma mãe doente. O menino, segundo ela, sobreviveu, mas a mãe morreu. Ela diz que não teve trabalho desde sua recuperação, devido ao estigma de ter tido Ebola. "Não me deixam nem tirar água do poço comunitário", afirma.
  • 13. Peters Roberts, 22

    13 /15(John Moore/Getty Images)

    O aluno do 11º ano perdeu uma irmã, o tio e um primo para o Ebola. Ele acredita que contraiu a doença enquanto cuidava de seu tio.
  • 14. Anthony Naileh, 46, e Bendu Naileh, 34

    14 /15(John Moore/Getty Images)

    Anthony disse que é um estenógrafo no Senado liberiano e planeja voltar a trabalhar na sessão de janeiro. Bendu, uma enfermeira, acha que pegou ebola após colocar as mãos em posição de oração ao rezar por um sobrinho que tinha a doença. Em seguida, ela adoeceu e seu marido cuidou dela.
  • 15. Moses Lansanah, 30

    15 /15(John Moore/Getty Images)

    O trabalhador da construção civil perdeu sua noiva Amifete, com então 22 anos, que estava grávida de 9 meses do seu filho.
  • Acompanhe tudo sobre:DoençasEbolaEpidemiasOMS (Organização Mundial da Saúde)

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Mundo

    Mais na Exame