EPE: térmicas a óleo não serão mais contratadas
Rio - A prioridade do setor elétrico nos próximos anos será usar fontes de energia hidrelétrica e alternativas, e não estimular o uso de térmicas. A informação foi dada hoje pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. Segundo ele, em caso de necessidade de energia, térmicas a óleo não serão mais contratadas […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Rio - A prioridade do setor elétrico nos próximos anos será usar fontes de energia hidrelétrica e alternativas, e não estimular o uso de térmicas. A informação foi dada hoje pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim.
Segundo ele, em caso de necessidade de energia, térmicas a óleo não serão mais contratadas e o governo deve optar por térmicas a gás, quando preciso. "Tem a térmica a carvão também, mas em termos ambientais, a térmica a gás é mais competitiva", comentou.
Ao falar sobre a exploração de gás nas áreas da camada pré-sal (reservatórios de óleo leve que ficam abaixo de uma camada de sal existente alguns quilômetros abaixo do mar), Tolmasquim também defendeu mais planejamento por parte do operador.
De acordo com presidente da EPE, é preciso entender o negócio de exploração e produção nas áreas de pré-sal não somente com enfoque no óleo, mas também no gás. "O produtor de petróleo tem que olhar o negócio como um todo, e não focar isoladamente apenas a produção de petróleo", afirmou.
Estimativas do governo citadas por Tolmasquim apontam que, em 2019, o Brasil contará com uma produção excedente de 55 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Para o executivo, "não é mais viável" que o gás seja queimado ou injetado por falta de uso. "No longo prazo, o gás do pré-sal tem que ter um papel na economia do País", completou. Hoje, ele participou do Rio Gas Forum 2010, no Rio de Janeiro.