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Entre Trump e Hillary, 23% dos jovens preferem queda de meteoro

A pergunta em tom de deboche teve a intenção de medir o nível de insatisfação dessa parcela da população com os candidatos

Eleições: cerca de 23% prefeririam o meteoro gigante (Joe Raedle / Reuters)

Luísa Granato

Publicado em 18 de outubro de 2016 às 17h27.

Boston - Os jovens norte-americanos estão tão insatisfeitos com suas escolhas na eleição presidencial que quase um em cada quatro afirmou a uma pesquisa de opinião que preferia ver um meteoro gigante destruir a Terra a ver Donald Trump ou Hillary Clinton na Casa Branca.

A pergunta em tom de deboche teve a intenção de medir o nível de insatisfação dessa parcela da população com os candidatos à eleição de 8 de novembro, disse Joshua Dyck, co-diretor do Centro de Opinião Pública Lowell da Universidade de Massachusetts, que realizou a sondagem ao lado da Odyssey Millennials.

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A escolha aludiu à hashtag do Twitter "#GiantMeteor2016 (MeteoroGigante2016)", uma referência a um candidato presidencial imaginário usada para expressar a frustração com as escolhas da eleição deste ano.

Cerca de 53 por cento dos 1.247 entrevistados de idades entre 18 e 35 anos disseram que prefeririam que um meteoro destruísse o mundo a ter o empresário nova-iorquino do setor imobiliário e republicano Trump no Salão Oval, e cerca de 34 por cento prefeririam a aniquilação planetária a ver a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos e democrata Hillary vencer.

Aproximadamente 39 por cento disseram que prefeririam que o presidente dos EUA, Barack Obama, se declarasse presidente pelo resto da vida do que ceder o poder a Hillary ou Trump, e 26 por cento afirmaram que a nação estaria melhor caso selecionasse seu próximo líder em uma loteria aleatória.

Cerca de 23 por cento, quase um em quatro entrevistados, prefeririam o meteoro gigante a Hillary ou Trump.

"Obviamente não achamos que eles falam sério", disse Dyck em uma entrevista por telefone nesta terça-feira. "O fato de que um de cada quatro jovens escolhe 'Meteoro Gigante' diz algo sobre a alienação política que está sendo demonstrada pela juventude norte-americana".

Isso contrasta com a onda de participação de eleitores jovens que ajudou a levar Obama à Casa Branca para seu primeiro mandato em 2008.

Quando instados a escolher entre os postulantes atuais, Hillary venceu Trump fácil – 54 por cento dos consultados a escolheram, e 21 por cento seu rival, em uma disputa entre os dois.

Em uma disputa de quatro nomes que incluiria Gary Johnson, do Partido Libertário, e Jill Stein, do Partido Verde, Hillary liderou com 48 por cento de apoio, Trump teve 20 por cento, Johnson 10 por cento e Stein outros 4 por cento.

Nas pesquisas nacionais de intenção de voto, a ex-primeira-dama está à frente do magnata, mas não com uma vantagem tão grande.

O levantamento realizado entre 10 e 13 de outubro incluiu intencionalmente um grande número de pessoas vistas como pouco inclinadas a votar – o voto é facultativo nos EUA – e só 680 pessoas foram descritas como eleitores prováveis. A pesquisa teve uma margem de erro de 3,2 pontos percentuais.

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