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Empresas deveriam participar mais da reciclagem, diz professor

Segundo Claudio Mahler, da UFRJ, governo deveria criar formas de incentivos para estimular a iniciativa privada a participar do setor

O professor quer incentivos e leis mais rigorosas para empresas cuidarem do lixo (Elza Fiuza/ABr)
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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2011 às 17h23.

Rio de Janeiro - O compartilhamento com as empresas privadas do descarte e reciclagem de lixo é um dos principais desafios da Política Nacional de Resíduos Sólidos. A avaliação é do professor Claudio Mahler, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele defende que o governo adote alguma forma de incentivo para que as empresas ampliem a sua participação na chamada logística reversa, que prevê a reciclagem do bem de consumo pela empresa que o produziu.

"Se o governo não incentivar a iniciativa privada, o cidadão fará a separação e não adiantará nada. É preciso montar uma estrutura. Os aterros sanitários não são o destino adequado para geladeiras, máquina de lavar e demais aparelhos eletrônicos", declarou hoje (9) durante o 4º Simpósio Internacional de Tecnologias e Tratamento de Resíduos, realizado no Rio.

Segundo Mahler, um dos pontos mais importantes da política, a logística reversa - que responsabiliza as empresas e estabelece uma integração de municípios na gestão do lixo - avança a passos lentos e está aquém do reaproveitamento de resíduos feitos na Europa. Enquanto na Alemanha o percentual é 60%, no Brasil não chega a 50%.

Para resolver o problema, Mahler sugere leis mais rigorosas para ampliar a responsabilidade das empresas. Por meio do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que está em consulta pública pelo Ministério do Meio Ambiente, ele sugere que a iniciativa privada seja chamada a negociar e apontar quais são as principais dificuldades de por em prática a logística reversa. "Na Alemanha, a indústria automobilística recicla o carro inteiro. Aqui, as mesmas montadoras não fazem a reciclagem porque não são obrigadas", disse.

A discussão para criação de acordos setoriais com orientações para implementação da logística reversa está sendo feita no Ministério do Meio Ambiente. O órgão promete lançar dois editais (para os setores de embalagem de óleo e de lâmpadas) ainda este ano. Ficam para 2012, as regras para os setores de eletroeletrônicos, remédios e embalagens em geral.

Paralelamente, Mahler ressalta a importância de campanhas frequentes sobre a destinação adequada do lixo. No Rio, ele citou como exemplo as cestas verdes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), que são indicadas para o descarte de eletrônicos como pilhas e celulares.

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"Se o governo não incentivar a iniciativa privada, o cidadão fará a separação e não adiantará nada. É preciso montar uma estrutura. Os aterros sanitários não são o destino adequado para geladeiras, máquina de lavar e demais aparelhos eletrônicos", declarou hoje (9) durante o 4º Simpósio Internacional de Tecnologias e Tratamento de Resíduos, realizado no Rio.

Segundo Mahler, um dos pontos mais importantes da política, a logística reversa - que responsabiliza as empresas e estabelece uma integração de municípios na gestão do lixo - avança a passos lentos e está aquém do reaproveitamento de resíduos feitos na Europa. Enquanto na Alemanha o percentual é 60%, no Brasil não chega a 50%.

Para resolver o problema, Mahler sugere leis mais rigorosas para ampliar a responsabilidade das empresas. Por meio do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que está em consulta pública pelo Ministério do Meio Ambiente, ele sugere que a iniciativa privada seja chamada a negociar e apontar quais são as principais dificuldades de por em prática a logística reversa. "Na Alemanha, a indústria automobilística recicla o carro inteiro. Aqui, as mesmas montadoras não fazem a reciclagem porque não são obrigadas", disse.

A discussão para criação de acordos setoriais com orientações para implementação da logística reversa está sendo feita no Ministério do Meio Ambiente. O órgão promete lançar dois editais (para os setores de embalagem de óleo e de lâmpadas) ainda este ano. Ficam para 2012, as regras para os setores de eletroeletrônicos, remédios e embalagens em geral.

Paralelamente, Mahler ressalta a importância de campanhas frequentes sobre a destinação adequada do lixo. No Rio, ele citou como exemplo as cestas verdes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), que são indicadas para o descarte de eletrônicos como pilhas e celulares.

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