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Empregados de fábrica de roupas em Bangladesh prendem chefe

Trabalhadores mantiveram chefe preso em seu escritório por mais de 18 horas, depois que ele pagou um bônus que havia prometido


	Fábricas:  incidente foi o primeiro envolvendo o confinamento forçado de um chefe de fábrica em meses de confrontos entre gerentes e trabalhadores
 (Fernando Cavalcanti)

Fábricas:  incidente foi o primeiro envolvendo o confinamento forçado de um chefe de fábrica em meses de confrontos entre gerentes e trabalhadores (Fernando Cavalcanti)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 14h50.

Daca - Trabalhadores em uma fábrica de roupas de Bangladesh libertaram um chefe da fábrica que eles mantiveram preso em seu escritório por mais de 18 horas, depois que ele pagou um bônus que havia prometido.

O incidente foi o primeiro envolvendo o confinamento forçado de um chefe de fábrica em meses de confrontos entre gerentes e trabalhadores que ganham salários mínimos equivalentes a 38 dólares por mês, metade do que trabalhadores do mesmo setor no Camboja ganham.

Um líder sindicalista disse que o incidente foi um "desenrolar positivo" pois os trabalhadores haviam atingido seus objetivos "pacificamente".

A polícia disse que os trabalhadores foram à fábrica Tuba Group no sábado para exigir pagamento de seus bônus pelo feriado islâmico Eid al-Adha em Bangladesh, onde a maioria absoluta da população é muçulmana.

Eles forçaram a entrada no escritório do proprietário Delwar Hossain e o trancaram quando ele disse que não tinha dinheiro disponível.

A polícia, os parentes dos donos e o grupo de proprietários de fábricas, BGMEA na sigla em inglês, iniciaram conversas com os manifestantes, e um oficial da polícia disse que Hossain foi libertado depois que os bônus foram pagos aos 900 trabalhadores na tarde do domingo.

S.M. Manna, um vice-presidente da BGMEA, disse que seu grupo havia dado instruções para pagar bônus. "Se qualquer proprietário cometer um erro, não podemos nos responsabilizar por ele", ele disse à Reuters.


Os trabalhadores, em certas ocasiões, fizeram manifestações violentas buscando um aumento no salário mínimo para 100 dólares, com manifestações fechando mais de 600 fábricas no mês passado.

Uma série de acidentes, incluindo o colapso de um prédio em abril que matou mais de 1.100 pessoas, aumentou a preocupação mundial sobre os padrões na indústria de vestuário de 22 bilhões de dólares de Bangladesh.

Os recentes acidentes colocaram o governo, os industrialistas e as marcas mundiais que usam as fábricas sob pressão para reformar um setor que emprega quatro milhões de pessoas e gera 80 por cento das receitas de exportação do país.

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