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Emissão por combustíveis fósseis cresce 39% em SP

Emissões derivadas da queima de combustíveis fósseis, como o diesel e a gasolina, aumentaram no Estado de São Paulo

A poluição em São Paulo continua aumentando (Jeff Belmonte/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 11h15.

São Paulo - As emissões de gases de efeito estufa no Estado derivadas da queima de combustíveis fósseis, como o diesel e a gasolina, cresceram 39% entre 1990 e 2008 - passaram de 56,9 milhões de toneladas para 79,2 milhões de toneladas. Os dados estão em relatório que vai compor o inventário estadual de gases-estufa, a ser divulgado no dia 25 deste mês.

No total, serão cerca de 20 relatórios de diferentes setores da economia. A legislação paulista definiu uma meta de cortar 20% das emissões até 2020, em relação a 2005. Então, para cumprir o objetivo, o São Paulo precisa saber exatamente quanto emite e avaliar em que setores da economia pode reduzir.

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Segundo o relatório, os derivados do petróleo representam o maior consumo de energia do Estado. E o diesel é o que tem maior destaque. De acordo com o documento oficial, a contribuição do diesel no consumo de energia de São Paulo sempre fica próximo dos "15% do total de todas as fontes utilizadas para fins energéticos".

No inventário brasileiro é o desmatamento o maior culpado pelas emissões. Mas, segundo Josilene Ferrer, secretária executiva do Programa Estadual de Mudanças Climáticas (Proclima), a energia é o principal vilão em São Paulo. "O aumento das emissões nesse setor é natural. A população cresceu e houve um aquecimento da economia."

Apesar de as emissões de gases-estufa terem aumentado no Estado, os combustíveis fósseis tiveram uma participação ligeiramente decrescente na oferta bruta total de energia - ela variou de 53% em 1990 para 45,5% em 2008. Isso sinaliza "um maior uso de combustíveis não intensivos em carbono (como o gás natural) e o aumento da participação das fontes renováveis (biomassa) no sistema energético paulista".

O gás natural substituiu em muitos casos o óleo combustível em caldeiras e fornos industriais - a participação desse óleo caiu de 11,8% a 2,1% no período avaliado -, o que é positivo para as emissões. Mas a mudança se deve principalmente à substituição de combustíveis fósseis por derivados da cana-de-açúcar. Hoje, o bagaço da cana é usado para produzir energia e há um aumento crescente do consumo de etanol nos carros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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