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Embaixador chinês diz aos EUA que soberania não é moeda de troca

Cui Tiankai disse que a China e os EUA precisam trabalhar para fortalecer o relacionamento entre ambos os países

Donald Trump: embaixador chinês não mencionou especificamente Taiwan ou os comentários feitos por Trump no final da semana passada (Getty Images)

Donald Trump: embaixador chinês não mencionou especificamente Taiwan ou os comentários feitos por Trump no final da semana passada (Getty Images)

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Reuters

Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 08h55.

Washington - Em um alerta velado ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o embaixador da China nos EUA disse na quarta-feira que Pequim jamais barganharia com Washington em temas que envolvem a soberania nacional ou a integridade territorial.

Falando a executivos de grandes empresas norte-americanas, o embaixador Cui Tiankai disse que a China e os EUA precisam trabalhar para fortalecer o relacionamento.

"O fundamento político das relações China-EUA não deveria ser minado. Deveria ser preservado", disse Cui.

"E normas básicas de relações internacionais deveriam ser observadas, não ignoradas, certamente não vistas como algo que você pode barganhar", disse.

"E, de fato, a soberania nacional e a integridade territorial não são moedas de troca. Certamente não são. Espero que todos entendam isso".

O embaixador não mencionou especificamente Taiwan ou os comentários feitos por Trump no final da semana passada, quando disse que seu país não tem necessariamente que se ater à sua política de quatro décadas de reconhecimento de Taiwan como parte de "uma China".

Os comentários de Cui se alinharam a protestos recentes do Ministério das Relações Exteriores chinês, que vê o princípio de "uma China" como a "base política" dos laços China-EUA.

Pequim considera Taiwan uma província renegada e jamais abdicou do uso da fora para controlá-la, vendo a questão de sua independência como uma linha vermelha.

Nesta quinta-feira, o influente tablóide estatal chinês Global Times disse que a China precisar tomar a dianteira nas decisões sobre o futuro da ilha.

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