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Em pior verão desde 2003, temperatura na França bate recorde aos 45°C

Durante verão europeu com temperaturas muito altas e fora do comum, governo recomenda que pessoas evitem atividades físicas

Calor na Europa: turistas e moradores entram em fontes para se refrescar em verão com temperaturas acima dos 40ºC (Philippe Wojazer/File Photo/Reuters)

Calor na Europa: turistas e moradores entram em fontes para se refrescar em verão com temperaturas acima dos 40ºC (Philippe Wojazer/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de junho de 2019 às 11h26.

Duas pessoas morreram na Espanha por causa do calor, que castigou grande parte da Europa pelo quinto dia consecutivo e a França registrou o recorde absoluto de 45,9ºC. O continente sofre os efeitos de uma onda de calor excepcional.

A França, que está desde segunda-feira sob uma massa de ar quente excepcional em razão de sua intensidade e sua precocidade, bateu ontem o recorde de 45,9°C no Departamento de Gard, no sul, um dos quatro onde foi decretado o "alerta vermelho", o mais alto.

O recorde de calor, que bate o anterior de 44,1°C de agosto de 2003 no mesmo departamento, foi registrado às 16h20 (11h20 em Brasília) em Gallargues-le-Montueux, uma comuna situada entre Montpellier e Nîmes, detalhou o instituto meteorológico francês, Météo-France. O governo da França redobra as precauções para evitar um saldo similar ao de 2003, quando morreram 15 mil pessoas.

As autoridades locais aconselharam os pais a manter as crianças em casa e cancelaram todas as atividades esportivas nos departamentos de Bouches-du-Rhône e Vaucluse, ambos no sudeste. O fenômeno na França vai se estender pelo menos até o começo da próxima semana, informou a Météo-France.

Além dos riscos para a saúde, a onda de calor aumenta as possibilidades de incêndios florestais. Na província espanhola da Catalunha, centenas de bombeiros lutavam contra um incêndio que, segundo as autoridades, afetava 6,5 mil hectares.

Abrangência

Na Itália, onde o termômetro também disparou esta semana, a imprensa informou a morte, ontem, de um operário de 60 anos que na véspera desmaiou enquanto trabalhava em um andaime em Rimini (nordeste). Na quinta-feira, um sem-teto de 72 anos foi encontrado morto perto de uma estação de trem de Milão, após ter sido vítima de insolação. Na península italiana, o calor é sentido especialmente no noroeste, com 40°C no Piemonte e 39°C em Gênova.

Na Espanha, onde as temperaturas superaram os 40°C, um jovem de 17 anos que trabalhava no campo morreu depois de sofrer uma insolação. Um comunicado do governo regional informou que o jovem sentiu uma tontura na quinta-feira quando capinava grama e entrou na piscina da fazenda onde trabalhava, na localidade de Castro del Río. Ao sair da piscina, ele teve convulsões e foi levado para um hospital na cidade de Córdoba, onde morreu depois de passar por um procedimento de recuperação cardíaca.

Na quinta-feira, um homem de 93 anos caiu quando caminhava pelo centro de Valladolid, norte da Espanha. A polícia informou ontem em um comunicado que ele teve "morte natural pela onda de calor".

A Espanha registra temperaturas superiores a 40 graus, que devem continuar até hoje em quase todo o país. Trinta e quatro das 50 províncias estavam em alerta ontem. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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