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Em estado de choque, cidade alemã chora por seus 16 alunos

Algumas pessoas se reuniam em silêncio na escola Joseph König, na cidade alemã de Haltern am See (oeste), após a morte de 16 alunos no acidente do voo A320

Velas são acesas em escola alemã em Haltern am See, em estado de choque após morte de 16 alunos em acidente aéreo na França (Kirsten Neumann/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2015 às 21h08.

Algumas pessoas se reuniam em silêncio diante das muitas velas que tomam os degraus da escola Joseph König, na cidade alemã de Haltern am See (oeste), em estado de choque após a morte de 16 alunos no acidente do voo A320 na França nesta terça-feira.

"Nós ainda não podemos acreditar", disse, emocionada, Suzanne, de 47 anos, mãe de Lukas e Nils, que estudam na mesma escola.

"Ficamos sabendo da notícia por volta de uma hora da tarde e depois disso os alunos foram autorizados a voltar para casa", disse Lukas, 11, que conhecia um dos jovens desaparecidos.

Estes dezesseis adolescentes que retornavam de uma viagem escolar a Barcelona com dois professores, estavam a bordo do avião da Germanwings que caiu nesta terça-feira nos Alpes franceses, sem deixar sobreviventes.

Nos arredores da escola de ensino médio, pequenos grupos de alunos se reuniam em silêncio num círculo, outros falavam em voz baixa. Quando a noite cai em Haltern am See, cerca de cem pessoas permanecem na entrada do colégio. Uma capela foi instalada em uma das igrejas desta cidade de 38 mil habitantes.

"Viemos para mostrar nosso amor a todos os pais que perderam seus filhos. Eu conhecia muito bem este programa de intercâmbio estudantil, meu filho participou há alguns anos, por isso me sinto particularmente tocada", explica Angelika, 57 anos, professora de outra escola.

"Dia mais triste"

Antes de dizer: "Eu só conhecia algumas vítimas, mas tenho medo de olhar as fotos amanhã e descobrir que eu conhecia mais do que pensava". Seu filho, Marius, de 16 anos, não está conseguindo falar muito.

"É importante estar aqui, moramos numa cidade pequena, todo mundo se conhece", solta o rapaz, antes de voltar para o silêncio.

Agentes da prefeitura estão presentes para prestar apoio psicológico às pessoas necessitadas. "Estamos aqui para ajudar a lidar com o primeiro choque. Tentamos mostrar que estamos aqui, observamos as pessoas que estão tristes. Tentamos dizer-lhes que eles não estão abandonados", afirma Ingo Janzen, um dos membros dessas equipes, vestindo um colete fluorescente facilmente reconhecível.

"Não podemos falar num momento como este. O primeiro passo é voltar à realidade e aceitar que o que aconteceu é verdade", acrescenta.

Em uma mesa de pingue-pongue coberta de velas e rosas, um grande castiçal leva os nomes de algumas das vítimas, a maioria na casa dos 15 anos, e seus dois professores: Elena, Fabio, Gina, Kristin, Lea.

"Este é o dia mais triste da história da nossa cidade", lamentou o prefeito de Haltern, Bodo Klimpel, muito emocionado. "É pior do que se possa imaginar", disse ele durante coletiva de imprensa. A cidade está em "estado de choque", disse ele.

Na quarta-feira, uma cerimônia fechada à imprensa, será realizada na escola Joseph König.

Sessenta e sete das 150 pessoas que estavam a bordo do avião da Germanwings eram alemãs. A chanceler Angela Merkel anunciou que iria nesta quarta-feira ao local do acidente na França, expressando seu "choque" e "profunda tristeza".

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Algumas pessoas se reuniam em silêncio diante das muitas velas que tomam os degraus da escola Joseph König, na cidade alemã de Haltern am See (oeste), em estado de choque após a morte de 16 alunos no acidente do voo A320 na França nesta terça-feira.

"Nós ainda não podemos acreditar", disse, emocionada, Suzanne, de 47 anos, mãe de Lukas e Nils, que estudam na mesma escola.

"Ficamos sabendo da notícia por volta de uma hora da tarde e depois disso os alunos foram autorizados a voltar para casa", disse Lukas, 11, que conhecia um dos jovens desaparecidos.

Estes dezesseis adolescentes que retornavam de uma viagem escolar a Barcelona com dois professores, estavam a bordo do avião da Germanwings que caiu nesta terça-feira nos Alpes franceses, sem deixar sobreviventes.

Nos arredores da escola de ensino médio, pequenos grupos de alunos se reuniam em silêncio num círculo, outros falavam em voz baixa. Quando a noite cai em Haltern am See, cerca de cem pessoas permanecem na entrada do colégio. Uma capela foi instalada em uma das igrejas desta cidade de 38 mil habitantes.

"Viemos para mostrar nosso amor a todos os pais que perderam seus filhos. Eu conhecia muito bem este programa de intercâmbio estudantil, meu filho participou há alguns anos, por isso me sinto particularmente tocada", explica Angelika, 57 anos, professora de outra escola.

"Dia mais triste"

Antes de dizer: "Eu só conhecia algumas vítimas, mas tenho medo de olhar as fotos amanhã e descobrir que eu conhecia mais do que pensava". Seu filho, Marius, de 16 anos, não está conseguindo falar muito.

"É importante estar aqui, moramos numa cidade pequena, todo mundo se conhece", solta o rapaz, antes de voltar para o silêncio.

Agentes da prefeitura estão presentes para prestar apoio psicológico às pessoas necessitadas. "Estamos aqui para ajudar a lidar com o primeiro choque. Tentamos mostrar que estamos aqui, observamos as pessoas que estão tristes. Tentamos dizer-lhes que eles não estão abandonados", afirma Ingo Janzen, um dos membros dessas equipes, vestindo um colete fluorescente facilmente reconhecível.

"Não podemos falar num momento como este. O primeiro passo é voltar à realidade e aceitar que o que aconteceu é verdade", acrescenta.

Em uma mesa de pingue-pongue coberta de velas e rosas, um grande castiçal leva os nomes de algumas das vítimas, a maioria na casa dos 15 anos, e seus dois professores: Elena, Fabio, Gina, Kristin, Lea.

"Este é o dia mais triste da história da nossa cidade", lamentou o prefeito de Haltern, Bodo Klimpel, muito emocionado. "É pior do que se possa imaginar", disse ele durante coletiva de imprensa. A cidade está em "estado de choque", disse ele.

Na quarta-feira, uma cerimônia fechada à imprensa, será realizada na escola Joseph König.

Sessenta e sete das 150 pessoas que estavam a bordo do avião da Germanwings eram alemãs. A chanceler Angela Merkel anunciou que iria nesta quarta-feira ao local do acidente na França, expressando seu "choque" e "profunda tristeza".

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