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Em Córdoba, Macri sofre dura derrota eleitoral

Dois deputados governistas ficaram longe do governador peronista, que conquistou a reeleição no segundo maior distrito eleitoral do país

Mauricio Macri: presidente argentino passou por duras derrotas (Gabriel Rossi/LatinContent/Getty Images)

Mauricio Macri: presidente argentino passou por duras derrotas (Gabriel Rossi/LatinContent/Getty Images)

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AFP

Publicado em 13 de maio de 2019 às 06h48.

A aliança governista do presidente argentino Mauricio Macri, Mudemos, sofreu uma dura derrota no domingo na província argentina de Córdoba, onde entrou dividida na disputa: seus dois deputados ficaram longe do governador peronista Juan Schiaretti, que conquistou a reeleição no segundo maior distrito eleitoral do país.

Com 94,2% das urnas apuradas, Schiaretti tem 54,0% dos votos, enquanto Mario Negri do Mudemos tem 17,8% e o radical Ramón Mestre aparece em terceiro (11,0%).

Negri, também considerado radical, recebeu o apoio de Macri e do governo federal, enquanto Mestre - até agora prefeito da capital de Córdoba - apresentou uma candidatura fora da chapa macrista.

"Somos parte do peronismo federal, democrático e republicano. Estamos convencidos de que não haverá república na Argentina sem o peronismo e não haverá futuro para o peronismo se não for republicano", declarou o governador reeleito.

Schiaretti, 69 anos, que foi governador de Córdoba entre 2007 e 2011, voltou ao cargo em 2015.

Em 2008, Schiaretti se distanciou da então presidenta Cristina Kirchner (2007-2015), da esquerda do peronismo, pelo apoio que deu aos produtores durante a crise do campo, provocada pelo aumento dos impostos às exportações agrícolas.

Agora, o candidato kirchnerista desistiu de participar da eleição e apoiou Schiaretti.

O peronismo também venceu a prefeitura da cidade de Córdoba, o que não acontecia desde 1974.

A disputa em um distrito com 2,8 milhões de eleitores, 8,7% do total nacional, gerou um interesse especial porque foi a província que deu a Macri a vitória no segundo turno da eleição presidencial 2015, quando obteve 74% dos votos na região, a maior vantagem em todo o país.

A Argentina celebrará o primeiro turno da eleição presidencial em 27 de outubro.

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