Campanha de Obama lança anúncio que usa frases de Romney em debate presidencial para chamá-lo de "desonesto" (Getty Images / Scott Olson)
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2012 às 12h46.
A equipe de campanha de Barack Obama lançou neste sábado um novo anúncio publicitário no qual acusa o candidato republicano, Mitt Romney, de ser "desonesto", citando trechos do debate entre os dois aspirantes à Presidência dos Estados Unidos na quarta-feira.
"Esta declaração é desonesta", afirma na propaganda uma voz "em off", ao fazer menção a um momento do debate no qual Romney declara que "não é favorável a reduções de impostos por um montante de 5 bilhões de dólares".
Nesse debate televisionado, o primeiro de três programados entre o presidente-candidato democrata e o republicano antes das eleições de 6 de novembro, ambos discutiram este ponto.
Romney acusou Obama de repetir "imprecisões" quando se referiu ao projeto fiscal republicano, e o presidente disse que seu rival havia "recuado" em sua proposta.
"Romney é desonesto também neste ponto", acrescenta a voz do anúncio divulgado neste sábado ao se referir a uma publicidade republicana que cita "um estudo realizado por um grupo independente" sobre a política fiscal do governo democrata.
"O presidente deste autodenominado grupo independente é proveniente da antiga empresa de Mitt Romney, o (ex-vice-presidente do republicano Georg W. Bush) Dick Cheney integra seu conselho de administração e (o ex-candidato à candidatura republicana) Newt Gingrich também é integrante desta estrutura", denuncia a voz.
"Não é (um estudo) independente, não é verdade", conclui o anúncio da campanha democrata.
A equipe de Romney também apresentou neste sábado um novo anúncio, insistindo no balanço econômico de Obama.
Nesta propaganda, uma cidadã americana, Melanie McNamara, explica que havia votado em Obama em 2008, mas diz que neste ano, "decepcionada", tem a intenção de apoiar Romney.
Desde o debate de quarta-feira, no qual teve um desempenho ruim, Obama multiplicou os ataques contra Romney.
Na sexta-feira, o presidente teve uma boa notícia, com a publicação dos últimos dados sobre o desemprego, referentes a setembro, que situam esta variável em seu nível mais baixo desde o início do mandato democrata, em janeiro de 2009.