Exame Logo

ELS reivindica assassinato de 65 membros do regime sírio

O dirigente rebelde garantiu que Tafas está "totalmente sob o controle do ELS"

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 16h31.

Cairo - Os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS) reivindicaram nesta segunda-feira o assassinato de 65 membros das forças governamentais e do abatimento de um avião de combate, em meio aos bombardeios e choques entre os dois grupos para controlar as principais cidades do país.

O chefe do Comando Militar do ELS na província meridional de Deraa, Ahmed al Naama, informou à Agência Efe por telefone que seus homens atacaram com bombas um posto de controle na cidade de Tafas.

No ataque, sobre o qual o regime sírio manteve silêncio, morreram 65 agentes das forças de segurança, soldados e milicianos leais ao regime, de acordo com Naama, acrescentando que os insurgentes destruíram quatro tanques.

O dirigente rebelde garantiu que Tafas está "totalmente sob o controle do ELS", mas que as tropas do regime de Bashar al Assad se encontram ainda nos arredores da cidade com o objetivo de invadir.

A província de Deraa, fronteiriça com a Jordânia, é um dos principais redutos opositores desde que eclodiram na cidade os primeiros protestos contra Assad em março de 2011.

A repressão governamental contra esta região foi constante, obrigando parte da população a fugir para a Jordânia. Um ativista de Tafas identificado como Yazid al Bardan explicou à Efe via internet que dos 50 mil habitantes só restam na cidade aproximadamente duas mil pessoas.

Tafas sofre o terceiro dia consecutivo de bombardeios que, segundo Bardan, agravaram a situação humanitária na cidade, onde faltam remédios e material de primeiros socorros para atender aos feridos.

"Temos medo que se o ELS se retirar, as forças do regime entrem na cidade e cometam um massacre contra os civis", alertou o ativista opositor.


Além do ataque contra o posto de controle, os rebeldes anunciaram nesta segunda-feira que derrubaram um avião de combate das Forças Armadas sírias em Mohasen, na província nordeste de Deir ez Zor.

O conselheiro de comunicação do Comando do ELS, Fahd Al-Masri, disse à Efe que abateram um caça de combate Mig-21, de fabricação russa, normalmente tripulado por dois pilotos e que pode levar até uma tonelada de explosivos.

Já a rede opositora Comitês de Coordenação Local (CCL) declarou em comunicado que o avião estava participando de bombardeios sobre Mohasen quando foi derrubado.

No resto do país, os confrontos e os bombardeios foram especialmente fortes na periferia de Damasco, em Alepo - segunda maior cidade do país - e em Homs.

Segundo os dados dos CCL, o número de mortos nesta segunda-feira supera 90 pessoas, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos anunciou a morte de pelo menos 64 civis e rebeldes e de cerca de 30 efetivos governamentais.

O ativista Omar Hamza, que está nos subúrbios de Damasco, relatou à Efe que as forças de segurança executaram aproximadamente 20 pessoas e que os tanques tentaram invadir alguns bairros e povoados.

No auge da ofensiva militar para recuperar Alepo, o Observatório informou que os tanques do regime entraram no oeste do bairro de Seif al Daula e bombardearam o de Salah ad-Din, ambos redutos dos rebeldes.

Diante da continuação da violência, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, propôs ao Conselho de Segurança que substitua os observadores desarmados no país por uma missão que canalize a ajuda humanitária e impulsione o diálogo político.

Neste contexto, a secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, visitará a Síria e o Líbano entre os dias 14 e 16 de agosto com o objetivo de alertar a comunidade internacional para a deterioração da situação dos civis que fogem do conflito.

Veja também

Cairo - Os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS) reivindicaram nesta segunda-feira o assassinato de 65 membros das forças governamentais e do abatimento de um avião de combate, em meio aos bombardeios e choques entre os dois grupos para controlar as principais cidades do país.

O chefe do Comando Militar do ELS na província meridional de Deraa, Ahmed al Naama, informou à Agência Efe por telefone que seus homens atacaram com bombas um posto de controle na cidade de Tafas.

No ataque, sobre o qual o regime sírio manteve silêncio, morreram 65 agentes das forças de segurança, soldados e milicianos leais ao regime, de acordo com Naama, acrescentando que os insurgentes destruíram quatro tanques.

O dirigente rebelde garantiu que Tafas está "totalmente sob o controle do ELS", mas que as tropas do regime de Bashar al Assad se encontram ainda nos arredores da cidade com o objetivo de invadir.

A província de Deraa, fronteiriça com a Jordânia, é um dos principais redutos opositores desde que eclodiram na cidade os primeiros protestos contra Assad em março de 2011.

A repressão governamental contra esta região foi constante, obrigando parte da população a fugir para a Jordânia. Um ativista de Tafas identificado como Yazid al Bardan explicou à Efe via internet que dos 50 mil habitantes só restam na cidade aproximadamente duas mil pessoas.

Tafas sofre o terceiro dia consecutivo de bombardeios que, segundo Bardan, agravaram a situação humanitária na cidade, onde faltam remédios e material de primeiros socorros para atender aos feridos.

"Temos medo que se o ELS se retirar, as forças do regime entrem na cidade e cometam um massacre contra os civis", alertou o ativista opositor.


Além do ataque contra o posto de controle, os rebeldes anunciaram nesta segunda-feira que derrubaram um avião de combate das Forças Armadas sírias em Mohasen, na província nordeste de Deir ez Zor.

O conselheiro de comunicação do Comando do ELS, Fahd Al-Masri, disse à Efe que abateram um caça de combate Mig-21, de fabricação russa, normalmente tripulado por dois pilotos e que pode levar até uma tonelada de explosivos.

Já a rede opositora Comitês de Coordenação Local (CCL) declarou em comunicado que o avião estava participando de bombardeios sobre Mohasen quando foi derrubado.

No resto do país, os confrontos e os bombardeios foram especialmente fortes na periferia de Damasco, em Alepo - segunda maior cidade do país - e em Homs.

Segundo os dados dos CCL, o número de mortos nesta segunda-feira supera 90 pessoas, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos anunciou a morte de pelo menos 64 civis e rebeldes e de cerca de 30 efetivos governamentais.

O ativista Omar Hamza, que está nos subúrbios de Damasco, relatou à Efe que as forças de segurança executaram aproximadamente 20 pessoas e que os tanques tentaram invadir alguns bairros e povoados.

No auge da ofensiva militar para recuperar Alepo, o Observatório informou que os tanques do regime entraram no oeste do bairro de Seif al Daula e bombardearam o de Salah ad-Din, ambos redutos dos rebeldes.

Diante da continuação da violência, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, propôs ao Conselho de Segurança que substitua os observadores desarmados no país por uma missão que canalize a ajuda humanitária e impulsione o diálogo político.

Neste contexto, a secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, visitará a Síria e o Líbano entre os dias 14 e 16 de agosto com o objetivo de alertar a comunidade internacional para a deterioração da situação dos civis que fogem do conflito.

Acompanhe tudo sobre:AlepoDitaduraPrimavera árabeSíria

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame