Ataque na Colômbia: pelo atentado em Barranquilla foi detido um homem de 31 anos, identificados como Cristian Camilo Bellón Galindo (Benjamin Beleno/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 06h59.
Bogotá - A Frente de Guerra Urbana do Exército de Libertação Nacional (ELN) reivindicou neste domingo a autoria do atentado com explosivos contra uma delegacia da cidade colombiana de Barranquilla, que deixou cinco policiais mortos e 41 feridos.
"O ELN, em exercício legítimo do direito à rebelião, realizou a seguinte ação militar (...) foram atacadas forças policiais da estação San José, no sul de Barranquilla", detalhou o grupo em um comunicado cuja autenticidade não pôde ser comprovada.
O grupo acrescentou que cometeu o atentado, que gerou rejeição e grande comoção no país, porque considera que o governo "se recusa a dar respostas às necessidades da população, inventa desculpas para não garantir seus direitos e usa a polícia para reprimir o povo".
"Como ELN, persistimos com a mesma determinação, na solução política ao conflito social e armado que vive o povo colombiano, em um diálogo de paz que atenda as vozes dos mais necessitados e excluídos", acrescenta a mensagem.
O governo e o ELN iniciaram no ano passado diálogos de paz em Quito, mas as conversações estão suspensas desde o dia 10 de janeiro por causa de uma onda terrorista dessa guerrilha após o fim de um cessar-fogo bilateral que ficou vigente durante cem dias.
Pelo atentado em Barranquilla foi detido um homem de 31 anos, identificados como Cristian Camilo Bellón Galindo, oriundo de Bogotá, apontado pelas autoridades como autor do ataque.
Segundo declarou ontem o procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, Galindo responderá por cinco homicídios agravados e 42 tentativas de assassinato, terrorismo agravado e uso de explosivos.
Outros dois atentados foram perpetrados hoje no norte da Colômbia.
O primeiro ocorreu às 4h (horário local, 7h em Brasília) no município de Soledad, na região metropolitana de Barranquilla, quando desconhecidos atacaram com explosivos um Comando de Ação Imediata (CAI) e deixaram quatro policiais e um morador de rua feridos.
O outro foi cometido contra o posto de Polícia da corregedoria de Buenavista, no município de Santa Rosa, no departamento de Bolívar, e nele dois policiais morreram e outros dois ficaram feridos.