Cerimônia de abertura do Parlamento: menos pompa do que o anterior (WPA Pool/Getty Images)
EFE
Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 11h42.
Última atualização em 19 de dezembro de 2019 às 11h43.
Londres — A rainha Elizabeth II discursou nesta quinta-feira na abertura dos trabalhos do Parlamento do Reino Unido, após as eleições gerais que reconduziram Boris Johnson ao cargo de primeiro-ministro, e garantiu que o Brexit e o aumento dos recursos destinados ao sistema de saúde (NHS) estão entre as prioridades do governo.
O chamado "Discurso da Rainha" teve menos pompa que o habitual, com a substituição da carruagem para ir do Palácio de Buckingham até a sede parlamentar do país, por um carro. Elizabeth II foi acompanhada do príncipe Charles e leu um texto redigido pelo novo governo, que inclui mais de 20 projetos de lei.
"A prioridade do meu governo é cumprir com a retirada do Reino Unido da União Europeia, em 31 de janeiro (de 2020). Meus ministros apresentaram a legislação para a saída do Reino Unido nesta data e aproveitar as oportunidades que isso dá a todo o povo", disse a rainha, conforme apontava o programa de Jonhson.
"Depois, meus ministros trabalharão sobre a futura relação com a União Europeia, baseada em um acordo de livre comércio que beneficie todo o Reino Unido", completou a monarca.
Com 649 dos 650 assentos concedidos, o Partido Conservador ganhou 364, a maioria absoluta, em comparação com 203 do Partido Trabalhista. Já o Partido Nacionalista Escocês (SNP) ficou com 48 cadeiras.
Além do Brexit, Jonhson se comprometeu a um forte financiamento ao NHS, tema que foi muito debatido na campanha. O programa do primeiro-ministro prevê a contratação de enfermeiras e a construção de novos hospitais.
Um projeto de lei deverá estabelecer o compromisso do investimento de 33,9 bilhões de libras (R$ 179,6 bilhões) para o setor de saúde pública, até 2024.
Entre outras prioridades, estão o plano que facilitaria a concessão de vistos para profissionais de saúde estrangeiros, diante da saída da União Europeia; além da introdução de um sistema de imigração, a partir de 1º de janeiro de 2021.
Também há propostas para aumentar as penas de prisão para criminosos considerados perigosos.