Coreia do Sul: data é o último dos dias possíveis dentro da janela de 60 dias permitida pela Constituição (Kim Hong-Ji/Reuters)
EFE
Publicado em 15 de março de 2017 às 07h03.
Última atualização em 15 de março de 2017 às 07h04.
Seul - A Coreia do Sul realizará no próximo dia 9 de maio as eleições presidenciais que foram antecipadas, convocadas por conta do impeachment da ex-presidente Park Geun-hye, na semana passada, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira pelo Executivo sul-coreano.
O Conselho de Ministros decidiu marcar para esta data já que é o último dos dias possíveis dentro da janela de 60 dias permitida pela Constituição para a realização do pleito em caso da cassação do chefe de Estado, segundo detalha a ata publicada ao término da reunião.
Além disso, durante a reunião no Gabinete o presidente interino, Hwang Kyo-ahn, anunciou que não vai concorrer às eleições, deixando no ar quem será o candidato que apresentará o conservador Partido da Liberdade da Coreia, do qual Park fazia parte.
De acordo com as pesquisas, o favorito para se tornar o próximo presidente sul-coreano é o liberal Moon Jae-in, que tem o apoio de 30% dos eleitores.
O Tribunal Constitucional decidiu na última sexta-feira ratificar a decisão do parlamento de destituir Park Geun-hye por sua relação com o caso da "Rasputina".
Por causa disso, Park perdeu sua imunidade presidencial e foi declarada como suspeita no caso pela promotoria, onde prestará depoimento na próxima terça-feira, dia 21.
A trama de corrupção da "Rasputina" fez com que fosse antecipadas as eleições e a primeira cassação de um chefe de Estado desde que o país voltou ao regime democrático, em 1987, e que envolveu também grandes empresas como a Samsung, cujo presidente, Lee Jae-yong, está preso.