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Eleições da Índia têm recorde de participação de 66,37%

Comissão Eleitoral da Índia anunciou participação recorde que alcançou 66,37% da população nas eleições gerais

Fila para votar na Índia: 66,37% das 814 milhões de pessoas aptas a votar participaram (REUTERS/Adnan Abidi)
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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 19h10.

Nova Deli - A Comissão Eleitoral da Índia anunciou nesta segunda-feira, após o fechamento das urnas no último dia das eleições gerais, uma participação recorde que alcançou 66,37% das 814 milhões de pessoas aptas a votar.

Essa participação supera os resultados das eleições com mais eleitores até o momento, as de 1984, nas quais foram às urnas 64,01% dos possíveis eleitores, segundo o canal local "NDTV".

A Comissão Eleitoral divulgou dados no fechamento dos colégios eleitorais da décima e última jornada de votação de um pleito que começou em 7 de abril, no qual estavam em jogo 41 cadeiras nos estados de Uttar Pradesh, Bihar e Bengala.

A apuração não será realizada até sexta-feira, quando a Comissão Eleitoral espera anunciar o resultado dos partidos nas eleições com maior participação da história.

"A grande satisfação destas eleições foi o aumento da participação. O povo acudiu em massa para votar enfrentando o calor e a chuva", disse em sua conta no Twitter Narendra Modi , candidato do hinduísta Bharatiya Janata Party (BJP).

Modi é o principal candidato a chegar ao poder, impulsionado por sua fama de bom gerente, enquanto o governante Partido do Congresso chegou muito desgastado às eleições, acossado por casos de corrupção, o arrefecimento da economia e alta inflação.

O candidato do BJP - que ocupa a chefia do governo em Gujarat-, é criticado, no entanto, por seu suposto envolvimento no massacre em 2002 de mil muçulmanos nesse estado, um dos mais prósperos do país.

No entanto, Modi foi absolvido após diversas investigações judiciais sobre a massacre.

Segundo diversos analistas, a controvertida mas popular figura de Modi pode ser uma das causas da alta participação, da mesma forma que a mobilização de 1984 esteve marcada pelo assassinato da primeira-ministra Indira Gandhi e o consequente apoio a seu filho Rajiv.

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

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    O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
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    3 /4(EVARISTO SA/AFP/Getty Images)

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    4 /4(STR/AFP/Getty Images)

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