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Agora é oficial: colégio eleitoral confirma Biden como presidente

Decisão encerra a tentativa do presidente Donald Trump de reverter os resultados das eleições americanas

 (Brian Snyder/Reuters)

(Brian Snyder/Reuters)

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Carolina Riveira

Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 19h39.

Última atualização em 15 de dezembro de 2020 às 10h14.

O colégio eleitoral dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial americana. Com os estados que oficializaram os votos da população até agora, Biden ultrapassou os 270 votos necessários para vencer.

O colégio eleitoral é composto por uma quantidade de civis em cada estado (os chamados delegados) que, no geral, reproduzem os votos dados pela população nas urnas. A reunião do colégio eleitoral nos estados começou nesta segunda-feira.

Nas urnas, Biden venceu a eleição com 306 votos no colégio eleitoral, contra 232 de Trump (vitória parecida à de Trump em 2016). Cada estado tem um número de delegados a depender do tamanho da população, um sistema diferente do brasileiro. Nos votos absolutos, Biden também venceu, com 51,3% do total, mais de 81,3 milhões de votos, um recorde nos EUA.

A reunião do colégio eleitoral só semanas depois da eleição é de praxe no sistema americano. A eleição aconteceu no último dia 3 de novembro, em uma apuração que durou mais de quatro dias até a definição do vencedor em meio à contabilização dos votos pelo correio.

Foram justamente os votos à distância que fizeram a campanha do presidente Donald Trump contestar os resultados da eleição. O presidente, até agora, ainda não reconheceu a derrota.

A esta altura, a chance de reverter o resultado é praticamente nula: a Suprema Corte americana negou na semana passada uma ação de republicanos para que os resultados da eleição no Texas fossem revisados, e a campanha de Trump também perdeu ações judiciais em outros estados decisivos. Nesse fim de semana, apoiadores do presidente foram às ruas em protestos contra a decisão judicial.

A confirmação do colégio eleitoral coloca pressão sobre o Senado para que também confirme o resultado. O Senado tem maioria republicana, enquanto a Câmara é democrata. Parte do partido de Trump ainda não se pronunciou sobre a vitória de Biden ou parabenizou o democrata, levantando dúvidas sobre se a transição será feita sem contratempos.

A posse de Biden está marcada para o próximo dia 20 de janeiro.

Enquanto isso, o presidente eleito terá ainda outro desafio que começa já nesta semana: a Geórgia terá um segundo turno de eleições para o Senado em janeiro, e as votações antecipadas começaram já nesta semana. As duas cadeiras em disputa definirão se a maioria na Casa ficará com republicanos ou democratas, um ponto que indicará o quanto o governo Biden terá liberdade no Congresso para passar suas pautas. Nesta terça-feira, Biden tem visita marcada ao estado para fazer campanha para os dois candidatos democratas. É o desafio final de um ano eleitoral nada menos do que agitado.

 

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