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Eleição divide Turquia em meio a temores

Os turcos foram às urnas neste domingo numa eleição parlamentar antecipada que deve afetar profundamente a trajetória do país

Eleitores do AKP com bandeiras do partido: o pleito é o 2° em cinco meses, depois que o partido AK, fundado por Erdogan, perdeu em junho a maioria governista (REUTERS/Umit Bektas)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2015 às 09h51.

ANCARA/ISTAMBUL - Os turcos foram às urnas neste domingo sob a sombra de preocupações com a segurança e a economia da Turquia , numa eleição parlamentar antecipada que deve afetar profundamente a trajetória do país polarizado e de seu presidente, Tayyip Erdogan.

O pleito é o segundo em cinco meses, depois que o partido AK, fundado por Erdogan, perdeu em junho a maioria governista de partido único que detinha desde que chegou ao poder em 2002.

Desde então, um cessar-fogo com militantes curdos deu lugar a confrontos sangrentos, a guerra na vizinha síria se agravou e a Turquia, país membro da Otan , foi atingido por dois ataques de homens bomba ligados ao grupo Estado Islâmico, matando mais de 130 pessoas. Os eleitores em Istambul estavam bastante divididos em suas visões sobre o retorno ao comando de um único partido ou a perspectiva de uma coalizão.

"O Partido AK diz que o comando de um único partido trará estabilidade, mas não temos visto muito disso nos últimos anos", disse a enfermeira de 22 anos Gulcan. A votação teve início às 7h no leste da Turquia (2h, horário de Brasília) e uma hora depois no restante do país. O fechamento das urnas está marcado para as 12h (horário de Brasília). Há uma proibição de divulgação dos resultados antes das 16h, mas as autoridades eleitorais costumam suspender a proibição antes do horário oficial.

A eleição foi provocada pela incapacidade do AKP em encontrar um parceiro menor de coalizão após o resultado na eleição de junho. Críticos de Erdogan dizem que o pleito é uma aposta feita pelo combativo líder para recuperar apoio suficiente ao seu partido para que possa eventualmente modificar a Constituição e conceder maior poder ao presidente. Muitas pesquisas sugerem que enquanto o apoio ao partido de centro-direita e raízes islâmicas pode ter aumentado um pouco, é improvável que o resultado seja muito diferente do apresentado em junho, quando o AK recebeu 40,9 por cento dos votos. (Reportagem adicional de Humeyra Pamuk, Ayla Jean Yackley, Can Barut em Ancara, Melih Aslan em Istambul)

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Desde então, um cessar-fogo com militantes curdos deu lugar a confrontos sangrentos, a guerra na vizinha síria se agravou e a Turquia, país membro da Otan , foi atingido por dois ataques de homens bomba ligados ao grupo Estado Islâmico, matando mais de 130 pessoas. Os eleitores em Istambul estavam bastante divididos em suas visões sobre o retorno ao comando de um único partido ou a perspectiva de uma coalizão.

"O Partido AK diz que o comando de um único partido trará estabilidade, mas não temos visto muito disso nos últimos anos", disse a enfermeira de 22 anos Gulcan. A votação teve início às 7h no leste da Turquia (2h, horário de Brasília) e uma hora depois no restante do país. O fechamento das urnas está marcado para as 12h (horário de Brasília). Há uma proibição de divulgação dos resultados antes das 16h, mas as autoridades eleitorais costumam suspender a proibição antes do horário oficial.

A eleição foi provocada pela incapacidade do AKP em encontrar um parceiro menor de coalizão após o resultado na eleição de junho. Críticos de Erdogan dizem que o pleito é uma aposta feita pelo combativo líder para recuperar apoio suficiente ao seu partido para que possa eventualmente modificar a Constituição e conceder maior poder ao presidente. Muitas pesquisas sugerem que enquanto o apoio ao partido de centro-direita e raízes islâmicas pode ter aumentado um pouco, é improvável que o resultado seja muito diferente do apresentado em junho, quando o AK recebeu 40,9 por cento dos votos. (Reportagem adicional de Humeyra Pamuk, Ayla Jean Yackley, Can Barut em Ancara, Melih Aslan em Istambul)

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