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EI divulga vídeo que mostra planejamento de ataques em Paris

Todos os nove homens vistos no vídeo morreram nos ataques de Paris ou nos dias seguintes

Atentados em Paris: o vídeo de 17 minutos mostra a extensão do planejamento que foi feito para os múltiplos ataques na França (Christian Hartmann/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 19h06.

São Paulo - Um novo vídeo divulgado pelo grupo Estado Islâmico mostra todo o planejamento que os terroristas desenvolveram para realizar os ataques em Paris no dia 13 de novembro, quando 130 pessoas foram mortos.

O grupo ameaça também o Reino Unido.

O vídeo de 17 minutos, divulgado no domingo, mostra a extensão do planejamento que foi feito para os múltiplos ataques em Paris que autoridades francesas afirmaram desde o início que foram planejados na Síria.

Todos os nove homens vistos no vídeo morreram nos ataques de Paris ou nos dias seguintes.

Sete dos terroristas - quatro da Bélgica e três da França - tinham o francês fluente. Os outros dois - identificados por seus nomes de guerra como os iraquianos - falaram em árabe.

Sete dos militantes, incluindo um de 20 anos, que era o mais jovem do grupo, foram filmadas em pé atrás de prisioneiros sequestrados, descrito como "apóstatas" que foram decapitados ou mortos a tiro.

Os ataques em Paris foram direcionados a casa de shows Bataclan, a um restaurante e café, e a um estádio de futebol.

Imediatamente depois dos ataques, o presidente francês, François Hollande, impôs um estado de emergência nacional que irá vigorar até 26 de fevereiro. Hollande pediu uma extensão do pedido e reiterou a solicitação nesta segunda-feira (25).

"Nenhuma ameaça vai parar o que a França deve fazer contra o terrorismo. E se tenho tomado medidas para estender o estado de emergência é porque eu estou ciente da ameaça e não vamos ceder" disse Hollande em resposta ao vídeo.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Romain Nadal, disse que o governo está estudando o vídeo, mas não quis comentar sobre seu conteúdo.

Novos ataques

O temor de Hollande é confirmado pela Europol. De acordo com o chefe da entidade, Rob Wainwright, o Estado Islâmico está pronto e disposto a atacar a Europa novamente.

"Quando se encontraram no mês passado, peritos nacionais concordaram com a avaliação do setor de inteligência de que o Estado Islâmico tem a vontade e a capacidade de realizar mais ataques na Europa", afirmou Wainwright em entrevista coletiva em Amsterdã.

"Todas as autoridades nacionais estão trabalhando para impedir que isso aconteça", acrescentou.

Wainwright se referiu a uma avaliação contra o terrorismo publicado na semana passada pela Europol, que advertiu que terroristas do Estado Islâmico "vão realizar um ataque terrorista em algum lugar na Europa novamente".

O relatório também destacou o risco de um novo ataque na França, "destinado a causar mortes em massa entre a população civil", mas disse que outros países da União Europeia também estão em risco.

"A inteligência sugere que o Estado Islâmico desenvolveu um comando de ação externa treinados para ataques especiais no ambiente internacional", disse o relatório.

Células terroristas do Estado Islâmico atualmente operam na União Europeias e "são em grande parte doméstica e/ou de base local," de acordo com a Europol.

"Ao selecionar o quê atacar, onde, quando e como, o Estado Islâmico mostra sua capacidade de atacar à vontade, em qualquer momento e em quase todo o alvo escolhido", concluiu o relatório da Europol.

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São Paulo - Um novo vídeo divulgado pelo grupo Estado Islâmico mostra todo o planejamento que os terroristas desenvolveram para realizar os ataques em Paris no dia 13 de novembro, quando 130 pessoas foram mortos.

O grupo ameaça também o Reino Unido.

O vídeo de 17 minutos, divulgado no domingo, mostra a extensão do planejamento que foi feito para os múltiplos ataques em Paris que autoridades francesas afirmaram desde o início que foram planejados na Síria.

Todos os nove homens vistos no vídeo morreram nos ataques de Paris ou nos dias seguintes.

Sete dos terroristas - quatro da Bélgica e três da França - tinham o francês fluente. Os outros dois - identificados por seus nomes de guerra como os iraquianos - falaram em árabe.

Sete dos militantes, incluindo um de 20 anos, que era o mais jovem do grupo, foram filmadas em pé atrás de prisioneiros sequestrados, descrito como "apóstatas" que foram decapitados ou mortos a tiro.

Os ataques em Paris foram direcionados a casa de shows Bataclan, a um restaurante e café, e a um estádio de futebol.

Imediatamente depois dos ataques, o presidente francês, François Hollande, impôs um estado de emergência nacional que irá vigorar até 26 de fevereiro. Hollande pediu uma extensão do pedido e reiterou a solicitação nesta segunda-feira (25).

"Nenhuma ameaça vai parar o que a França deve fazer contra o terrorismo. E se tenho tomado medidas para estender o estado de emergência é porque eu estou ciente da ameaça e não vamos ceder" disse Hollande em resposta ao vídeo.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Romain Nadal, disse que o governo está estudando o vídeo, mas não quis comentar sobre seu conteúdo.

Novos ataques

O temor de Hollande é confirmado pela Europol. De acordo com o chefe da entidade, Rob Wainwright, o Estado Islâmico está pronto e disposto a atacar a Europa novamente.

"Quando se encontraram no mês passado, peritos nacionais concordaram com a avaliação do setor de inteligência de que o Estado Islâmico tem a vontade e a capacidade de realizar mais ataques na Europa", afirmou Wainwright em entrevista coletiva em Amsterdã.

"Todas as autoridades nacionais estão trabalhando para impedir que isso aconteça", acrescentou.

Wainwright se referiu a uma avaliação contra o terrorismo publicado na semana passada pela Europol, que advertiu que terroristas do Estado Islâmico "vão realizar um ataque terrorista em algum lugar na Europa novamente".

O relatório também destacou o risco de um novo ataque na França, "destinado a causar mortes em massa entre a população civil", mas disse que outros países da União Europeia também estão em risco.

"A inteligência sugere que o Estado Islâmico desenvolveu um comando de ação externa treinados para ataques especiais no ambiente internacional", disse o relatório.

Células terroristas do Estado Islâmico atualmente operam na União Europeias e "são em grande parte doméstica e/ou de base local," de acordo com a Europol.

"Ao selecionar o quê atacar, onde, quando e como, o Estado Islâmico mostra sua capacidade de atacar à vontade, em qualquer momento e em quase todo o alvo escolhido", concluiu o relatório da Europol.

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