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EI divulga vídeo com refém britânico supostamente em Kobane

John Cantlie apareceu em um novo vídeo do grupo jihadista, no qual o jornalista diz estar na cidade síria de Kobane


	O jornalista britânico John Cantlie: Cantlie foi sequestrado em novembro de 2012
 (AFP)

O jornalista britânico John Cantlie: Cantlie foi sequestrado em novembro de 2012 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 08h45.

Beirute - O refém britânico John Cantlie apareceu em um novo vídeo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), divulgado nesta terça-feira na internet, no qual o jornalista diz estar no enclave curdo sírio de Kobane.

Na gravação, de cinco minutos e 32 segundos, Cantlie, vestido com uma camisa preta, interpreta um repórter que apresenta a visão dos extremistas sobre a batalha pelo controle da cidade.

O britânico diz que está "no coração da chamada zona de segurança do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), que agora está sob o controle do EI".

O refém indica que é possível ver a Turquia ao fundo da imagem, já que Kobane fica na fronteira entre os territórios sírio e turco.

O vídeo mostra imagens aéreas que de Kobane, provavelmente gravadas por um drone.

Ao longo do vídeo, o EI, através de Cantlie, nega que tenha recuado em Kobane e garante que tem o controle dos setores leste e sul da cidade.

O grupo jihadista critica a forma como a imprensa ocidental informa sobre os fatos da cidade porque não há correspondentes no local e suas únicas fontes são os curdos e as autoridades dos EUA.

Durante a gravação, é possível escutar disparos ao longe, que Cantlie classifica como esporádicos, já que quase não há mais confrontos em Kobane porque "não há nem peshmergas nem milicianos das Unidades de Proteção do Povo Curdo, só há mujahedins" do EI.

Cantlie, sequestrado em novembro de 2012, já apareceu em vários vídeos de propaganda dos jihadistas.

O jornalista freelancer, natural do condado de Surrey (sudoeste de Londres), trabalhou para vários meios de comunicação britânicos, entre eles "The Sunday Telegraph" e "The Sunday Times".

O Estado Islâmico executou os voluntários britânicos Alan Henning e David Haines, assim como os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff.

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