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Egito pede que eleitores votem; marechal deve ser eleito

Governo apoiado pelos militares procurou ampliar a participação dos eleitores nas urnas declarando feriado e prolongando o horário de votação

Abdel Fatah al-Sisi:  comparecimento às urnas é visto como um importante indicador do nível de apoio popular de ex-chefe do exército (Maxim Shemetov/AFP)
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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 08h23.

Cairo - No segundo e último dia da eleição no Egito nesta terça-feira, o ex-chefe do Exército Abdel Fattah al-Sisi deve emergir como o próximo presidente do país, mas o governo apoiado pelos militares procurou ampliar a participação dos eleitores nas urnas declarando feriado e prolongando o horário de votação.

Com a vitória do marechal de campo Sisi dada como certa, o comparecimento às urnas no país e nos locais de votação no exterior é visto como um importante indicador do nível de apoio popular para o ex-chefe do Exército, que destituiu o primeiro presidente livremente eleito no Egito, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana. A mídia leal ao governo criticou os eleitores por não irem em grande número às urnas e os egípcios receberam mensagens de texto lembrando-os de que não votar é um delito punido com multa.

Um destacado comentarista de TV disse que as pessoas que não votavam eram "traidores, traidores, traidores".

Depois da abertura das seções eleitorais às 9 horas (3 horas em Brasília), as filas eram pequenas em vários partes do Cairo e em alguns casos não se viam eleitores. Os locais de votação serão fechados às 22 horas, uma hora depois do previsto inicialmente.

Só existe um outro candidato: o político esquerdista Hamdeen Sabahi, cuja campanha descreveu o comparecimento no primeiro dia como "moderado, e abaixo do moderado em alguns casos".

Embora Sisi desfrute de amplo apoio entre boa parte dos egípcios, que o veem como um líder forte capaz de pôr fim a três anos de turbulência no país, alguns dizem não ter ido votar porque nenhum dos dois candidatos preenchia as aspirações manifestadas durante a revolta da Primavera Árabe, de 2011, contra décadas de autocracia.

A Irmandade Muçulmana e seus aliados islamitas, que veem Sisi como o responsável por arquitetar o golpe que depôs Mursi, boicotaram a eleição que deve reconduzir novamente um militar à Presidência de um país dominado pelo Exército desde 1952.

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Cairo - No segundo e último dia da eleição no Egito nesta terça-feira, o ex-chefe do Exército Abdel Fattah al-Sisi deve emergir como o próximo presidente do país, mas o governo apoiado pelos militares procurou ampliar a participação dos eleitores nas urnas declarando feriado e prolongando o horário de votação.

Com a vitória do marechal de campo Sisi dada como certa, o comparecimento às urnas no país e nos locais de votação no exterior é visto como um importante indicador do nível de apoio popular para o ex-chefe do Exército, que destituiu o primeiro presidente livremente eleito no Egito, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana. A mídia leal ao governo criticou os eleitores por não irem em grande número às urnas e os egípcios receberam mensagens de texto lembrando-os de que não votar é um delito punido com multa.

Um destacado comentarista de TV disse que as pessoas que não votavam eram "traidores, traidores, traidores".

Depois da abertura das seções eleitorais às 9 horas (3 horas em Brasília), as filas eram pequenas em vários partes do Cairo e em alguns casos não se viam eleitores. Os locais de votação serão fechados às 22 horas, uma hora depois do previsto inicialmente.

Só existe um outro candidato: o político esquerdista Hamdeen Sabahi, cuja campanha descreveu o comparecimento no primeiro dia como "moderado, e abaixo do moderado em alguns casos".

Embora Sisi desfrute de amplo apoio entre boa parte dos egípcios, que o veem como um líder forte capaz de pôr fim a três anos de turbulência no país, alguns dizem não ter ido votar porque nenhum dos dois candidatos preenchia as aspirações manifestadas durante a revolta da Primavera Árabe, de 2011, contra décadas de autocracia.

A Irmandade Muçulmana e seus aliados islamitas, que veem Sisi como o responsável por arquitetar o golpe que depôs Mursi, boicotaram a eleição que deve reconduzir novamente um militar à Presidência de um país dominado pelo Exército desde 1952.

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