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112 manifestantes no Egito absolvidos após apelação

A repressão aos pró-Mursi fez mais de 1.400 mortos, enquanto mais de 15.000 apoiadores do presidente deposto foram presos


	Manifestantes no Egito: vários ativistas pró-Mursi, outros jovens laicos e de esquerda, tinham sido condenados por terem participado em janeiro de 2014 nos protestos não autorizados
 (Jornal Al Youm Al Saabi/Reuters)

Manifestantes no Egito: vários ativistas pró-Mursi, outros jovens laicos e de esquerda, tinham sido condenados por terem participado em janeiro de 2014 nos protestos não autorizados (Jornal Al Youm Al Saabi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2014 às 12h50.

Cento e doze manifestantes islâmicos e laicos, acusados ​​de participar de protestos não autorizados em janeiro no Cairo, foram absolvidos neste domingo por um tribunal de apelação.

Desde a destituição pelo exército do presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho de 2013, as autoridades conduzem uma repressão implacável contra qualquer tipo de oposição nas ruas.

A repressão aos pró-Mursi fez mais de 1.400 mortos, enquanto mais de 15.000 apoiadores do presidente deposto foram presos.

Os manifestantes absolvidos neste domingo, vários deles pró-Mursi mas também jovens ativistas laicos e de esquerda, que lideraram a revolta que derrubou Hosni Mubarak do poder em 2011, tinham sido condenados em primeira instância a um ano de prisão por terem participado em 25 de janeiro de 2014 nos protestos não autorizados que degeneraram em confrontos com a polícia, de acordo com uma fonte judicial.

Naquele dia, pelo menos 49 pessoas foram mortas em todo o Egito à margem de manifestações semelhantes, marcando o terceiro aniversário da revolta de 2011, e pelo menos 1.079 manifestantes foram presos.

Em outro caso, um tribunal do Cairo, condenou neste domingo doze estudantes a quatro anos de prisão e a uma multa de 100 mil libras egípcias (cerca de 11.000 euros) por vandalismo em um campus universitário.

Desde a destituição de Mursi, centenas de manifestantes foram condenados à morte em julgamentos em massa por envolvimento em protestos duramente reprimidos pela polícia.

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