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Edmundo González Urrutia denuncia sequestro de genro em Caracas

O caso envolve Rafael Tudares, genro de Edmundo González Urrutia, sequestrado enquanto levava os filhos à escola

Caracas: local onde Rafael Tudares foi sequestrado, segundo denúncia de Edmundo González Urrutia (AFP/AFP)

Caracas: local onde Rafael Tudares foi sequestrado, segundo denúncia de Edmundo González Urrutia (AFP/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 16h26.

Última atualização em 7 de janeiro de 2025 às 18h12.

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O líder oposicionista venezuelano, Edmundo González Urrutia, denunciou nesta terça-feira, 7, o sequestro de seu genro, Rafael Tudares, em Caracas. O incidente ocorreu enquanto Tudares levava os filhos para o início das aulas. Urrutia cancelou o restante da sua agenda planejada para os Estados Unidos nesta terça depois de saber do sequestro do seu genro. Ele havia planejado se reunir no Congresso dos EUA com o senador democrata Dick Durbin, de Illinois, e outros congressistas.

“Hoje de manhã, meu genro Rafael Tudares foi sequestrado. Rafael estava a caminho da escola dos meus netos para deixá-los no início das aulas, quando foi interceptado por homens encapuzados vestidos de preto, que o colocaram em uma van dourada, de placa AA54E2C, e o levaram. Agora ele está desaparecido”, relatou González.

Ainda não se sabe se o sequestro está relacionado às forças de segurança do Estado ou se é um caso de detenção de rotina. González Urrutia, no entanto, acredita tratar-se de um sequestro político.

O líder oposicionista, que deixou a Venezuela rumo à Espanha em 7 de setembro alegando perseguição política e judicial, enfrenta um mandado de prisão. Além disso, o governo oferece uma recompensa de US$ 100 mil para informações que levem à sua captura.

Acusações contra González Urrutia

Entre os crimes atribuídos ao ativista antichavista estão:

  • Cumplicidade em atos violentos contra a república;
  • Usurpação de funções;
  • Falsificação de documentos;
  • Lavagem de dinheiro;
  • Instigação à desobediência das leis.

González Urrutia afirma ter vencido as eleições presidenciais de 28 de julho e promete realizar o juramento de posse em 10 de janeiro, data constitucional para a cerimônia. O presidente Nicolás Maduro, que também reivindica a Presidência, alertou que o opositor será preso caso entre na Venezuela para realizar o evento.

Ameaças do governo

O governo Maduro declarou que qualquer pessoa que auxiliar González Urrutia em sua posse também será detida, reforçando o clima de tensão política no país.

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