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Ex-editores de Murdoch supervisionavam grampos, diz promotor

Ex-editores teriam supervisionado sistema de escutas clandestinas e pagamentos ilegais a funcionários públicos quando chefiaram o News of the World

Rebekah Brooks, ex-editora do News of the World, chega com seu marido ao tribunal Old Bailey em Londres, Inglaterra (Neil Hall/Reuters)

Rebekah Brooks, ex-editora do News of the World, chega com seu marido ao tribunal Old Bailey em Londres, Inglaterra (Neil Hall/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 15h51.

Londres - Rebekah Brooks, ex-editora de um jornal de Rupert Murdoch, e Andy Coulson, ex-chefe de mídia do primeiro-ministro britânico, David Cameron, supervisionaram um sistema de escutas telefônicas clandestinas e pagamentos ilegais a funcionários públicos quando foram chefes do extinto tabloide News of the World, disse a acusação a um tribunal de Londres nesta quarta-feira.

O promotor Andrew Edis disse à corte que Brooks e Coulson eram os responsáveis pelo tabloide dominical ou pelo jornal diário irmão The Sun durante o período em que o esquema ilegal esteve em operação.

Edis disse que ambos aprovaram pagamentos ilegais a serem feitos para funcionários públicos, incluindo um pagamento autorizado por Brooks no valor de cerca de 40 mil libras (64 mil dólares) a um funcionário do Ministério da Defesa. Coulson é acusado de autorizar pagamento a um funcionário da polícia real para obter um livro de telefone com detalhes de contatos da realeza.

Quando a polícia finalmente começou a revelar a verdade, Brooks e outras figuras da empresa de jornais britânicos de Murdoch, então conhecida como News International, montaram um plano de encobrimento, segundo Edis.

Brooks e Coulson estão em julgamento, com seis outros suspeitos, sob acusação ​​de conspirar para invadir telefonemas e fazer pagamentos ilegais. Eles negam todas as acusações. Ela também enfrenta duas acusações de conspiração para perverter o curso da Justiça.

O tribunal ouviu da promotoria nesta quarta-feira que três ex-jornalistas graduados do News of the World tinham se declarado culpados das acusações relacionadas às escutas telefônicas, e Edis disse que o júri teria que decidir se Brooks e Coulson tinham conhecimento do comportamento ilegal.

"Houve escutas telefônicas, e muitas", disse Edis. "Dado que (Brooks e Coulson) eram tão graduados, se eles sabiam sobre isso, bem, obviamente, eles estavam permitindo que isso acontecesse. Eles estavam no controle".

A admissão de culpa dos três jornalistas do News of the World --o ex-correspondente Neville Thurlbeck, o ex-editor-adjunto James Weatherup e o ex-editor Greg Miskiw-- foram as primeiras confissões por parte de funcionários do jornal desde o início da investigação, em 2011, sobre as acusações de que repórteres do jornal escutavam ilegalmente telefonemas de celebridades, políticos e vítimas de crimes.

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