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Editores de jornais acusados de escutas tinham caso amoroso

Promotor Andrew Edis disse que a proximidade de seu relacionamento mostrava que ambos sabiam igualmente como a equipe do jornal vinha agindo

Antigo escritório do News of the World: relacionamento foi descoberto depois que a polícia encontrou documentos escritos entre os quais havia uma carta de Rebekah (Getty Images)

Antigo escritório do News of the World: relacionamento foi descoberto depois que a polícia encontrou documentos escritos entre os quais havia uma carta de Rebekah (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 14h00.

Londres - Os jornalistas Rebekah Brooks e Andy Coulson, dois ex-editores do extinto tabloide News of the World, de Rupert Murdoch, mantinham um caso amoroso na época em que os repórteres do jornal são acusados de escutas ilegais de mensagens de telefones, de acordo com revelações feitas um tribunal de Londres nesta quinta-feira.

O promotor Andrew Edis disse que a proximidade de seu relacionamento mostrava que ambos sabiam igualmente como a equipe do jornal vinha agindo. Ambos negam a acusação de conspirar para grampear telefones ou fazer pagamentos ilegais a autoridades públicas.

"O que o sr, Coulson sabia, a sra. Brooks sabia também", declarou Edis à corte. "Essa é a questão." Coulson se tornou depois o porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e a revelação sobre o caso amoroso provavelmente vai deixar Cameron numa situação ainda mais embaraçosa, já que ele há muito tempo é acusado por críticos de ser próximo demais ao império de mídia de Murdoch.

Rebekah, pessoa de confiança de Murdoch, comandou o segmento de jornais britânicos do magnata da mídia de 2009 a 2011. Segundo Edis, o caso entre ela e Coulson durou pelo menos seis anos.

O relacionamento foi descoberto depois que a polícia encontrou documentos escritos entre os quais havia uma carta de Rebekah.

"Você é meu melhor amigo... eu te conto tudo, eu confio em você... eu te amo, eu me preocupo com você", diz a carta dela a Coulson, segundo Edis, que a leu para o júri formado por nove mulheres e três homens.

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