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Economia global desacelera mais por crise de dívida

Índices de gerentes de compras da zona do euro, apurados pelo Markit, mostraram que o setor manufatureiro nas 17 nações ficou praticamente estável em julho

Já o setor de serviços, que responde pela maior parte da economia, avançou no menor ritmo em 22 meses (Kriss Szkurlatowski/Stock.xchng)

Já o setor de serviços, que responde pela maior parte da economia, avançou no menor ritmo em 22 meses (Kriss Szkurlatowski/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2011 às 08h54.

Londres - O crescimento do setor privado na zona do euro estacionou neste mês, enquanto o segmento fabril na China se contraiu pela primeira vez em um ano, mostraram pesquisas nesta quinta-feira, reforçando evidências de uma forte desaceleração na economia global.

Os relatórios foram reportados pouco antes de uma reunião entre líderes europeus para discutir a estruturação de um segundo pacote de resgate à Grécia e amenizar temores de que um default por Atenas dificultará o acesso de economias maiores ao mercado de bônus.

No mais recente sinal de que o crescimento econômico está perdendo ritmo, os índices de gerentes de compras da zona do euro, apurados pelo Markit, mostraram que o setor manufatureiro nas 17 nações que formam o bloco ficou praticamente estável em julho, enquanto o setor de serviços, que responde pela maior parte da economia, avançou no menor ritmo em 22 meses.

"A grande queda no PMI da zona do euro em julho oferece mais sinais de que a crise de dívida está começando a causar pesados prejuízos à recuperação econômica na região", disse Ben May, da Capital Economics.

O índice PMI para o setor de serviços caiu para 51,4 neste mês, ante 53,7 em junho, atingindo o menor patamar desde setembro de 2009 e recuando mais que as expectativas, que apontavam leitura de 53,0. Ainda assim, ainda há crescimento, uma vez que o índice se encontra acima de 50.

Já o PMI para o setor manufatureiro recuou para 50,4, contra 52,0 em junho, menor patamar desde setembro de 2009 e também cedendo mais que a leitura de 51,5 esperada.

"Não há dúvida de que a queda livre nos PMIs nos últimos três meses é uma surpresa negativa. Acreditamos que os fatores externos continuam predominnates, em particular a atual desaceleração no ciclo manufatureiro global, como mostrado por mais sinais de fraqueza na China nesta manhã", disse Marco Valli, do UniCredit.

O setor manufatureiro chinês contraiu-se em julho pela primeira vez em um ano e na maior queda desde março de 2009, à medida que o aperto monetário e a demanda global mais fraca presssionaram a economia, de acordo com o PMI chinês calculado pelo HSBC.

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