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Economia alemã terá contração "notável" no 4º trimestre

Segundo Banco Central alemão, perspectiva pessimista deve permanecer no próximo ano


	Presidente do Bundesbank alemão, Jens Weidmann
 (REUTERS / Lisi Niesner/Reprodução)

Presidente do Bundesbank alemão, Jens Weidmann (REUTERS / Lisi Niesner/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 12h32.

Frankfurt - A economia da Alemanha está se dirigindo para uma contração "notável" no quarto trimestre deste ano e provavelmente se manterá à tona no próximo ano, escreveu o Bundesbank (Banco Central alemão) em seu relatório mensal, reiterando a previsão pessimista que apresentou no início deste mês.

A perspectiva foi divulgada em meio a relatos sobre o sentimento que sugerem que a economia da Alemanha, a maior da Europa e que continuou largamente imune à crise da zona do euro, pode estar atingindo seu ponto mais baixo.

"Os indicadores atuais apontam para uma queda notável na produção econômica no fim do ano", devido principalmente ao enfraquecimento do setor industrial, o principal do país, escreveu o Bundesbank. A perspectiva para as empresas alemãs se "deterioraram" em meio a uma desaceleração no crescimento global e a queda da demanda proveniente do restante da zona do euro, afirmou a autoridade monetária.

No início deste mês, o Bundesbank reduziu sua perspectiva para o crescimento alemão no próximo ano para 0,4% em relação à estimativa de alta de 1,6% divulgada em junho, e alertou que o país pode entrar em recessão durante os meses de inverno.

Qualquer desaceleração na Alemanha é preocupante porque o país tem sido o motor econômico da zona do euro nos últimos trimestres, se expandindo durante este ano, incluindo a alta de 0,2% no terceiro trimestre, apesar de muitas economias consideradas periféricas no bloco enfrentarem dificuldades.

Mesmo assim, o Bundesbank reiterou que "a fase fraca cíclica" da Alemanha pode ser curta, tendo em vista que as expectativas das empresas agora "se estabilizaram um nível alto" e começaram a se tornar positivas.

Embora seja improvável que a economia cresça no primeiro trimestre do próximo ano, "uma queda adicional poderá ser evitada", desde que as condições continuem "normais", afirmou a autoridade monetária. As informações são da Dow Jones.

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