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Ebola matou mais de 90 no oeste da África; Mali tem suspeita

Mali pode ter identificado primeiros casos desde surto que matou mais de 90 pessoas


	Enfermeira trata paciente com o vírus Ebola: entidade Médicos Sem Fronteiras (MSF) alerta para o risco de uma epidemia sem precedentes na região, onde há carência de serviços sanitários
 (AFP)

Enfermeira trata paciente com o vírus Ebola: entidade Médicos Sem Fronteiras (MSF) alerta para o risco de uma epidemia sem precedentes na região, onde há carência de serviços sanitários (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 11h23.

Bamaco - Autoridades do Mali disseram ter identificado os primeiros possíveis casos de ebola em seu território desde o início de um surto que já matou mais de 90 pessoas na vizinha Guiné e na Libéria, gerando temores de que a doença pode estar se espalhando pelo oeste da África.

A entidade Médicos Sem Fronteiras (MSF) alerta para o risco de uma epidemia sem precedentes na região, onde há carência de serviços sanitários.

Mineradoras estrangeiras paralisaram suas operações e retiraram parte dos seus funcionários da Guiné. Autoridades sanitárias francesas colocaram médicos e hospitais em alerta para detectar possíveis casos entre pessoas que viajam às ex-colônias.

No Mali, três pessoas foram postas em quarentena e tiveram amostras enviadas para exames nos EUA, disse a TV estatal na noite de quinta-feira. Os pacientes sob suspeita já estão se recuperando, e uma equipe de intervenção rápida acompanha a evolução da situação no terreno, segundo a nota das autoridades.

O surto de ebola começou há dois meses na Guiné e já se espalhou para as vizinhas Serra Leoa e Libéria. Gâmbia colocou duas pessoas em quarentena, mas depois anunciou resultados negativos nos exames.

O ministério de Saúde da Guiné disse que mais duas supostas vítimas do vírus morreram, elevando a 86 o total de vítimas no país. A Libéria também relatou mais três mortes entre 14 casos suspeitos, elevando a 7 o total de mortos.

O ebola foi detectado pela primeira vez em 1976 no Zaire (atual República Democrática do Congo), e desde então já matou cerca de 1.500 pessoas. Seu índice de fatalidade é de até 90 por cento, com sintomas que incluem vômitos, diarreia e hemorragias externas.

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