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E agora, Boris? Os desafios do novo líder britânico

Na campanha para o cargo de líder dos conservadores, Johnson manteve sua ameaça de deixar o bloco europeu mesmo sem acordo

Boris Johnson: o controverso ex-prefeito de Londres terá que reformar alto escalão do governo (Hannah McKay/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2019 às 07h04.

Última atualização em 23 de julho de 2019 às 09h15.

O controverso Boris Johnson será nomeado nesta terça-feira o novo primeiro ministro do Reino Unido , após uma aguardada vitória na eleição pela liderança do partido conservador. Johnson venceu Jeremy Hunt na votação para a liderança do partido Conservador, tornando-se assim o primeiro ministro.

Johnson substituirá Theresa May , que por três anos tentou sem sucesso liderar o país na execução do Brexit , a saída da União Europeia. Após uma série de fracassos, ela renunciou ao cargo em maio. Agora, o novo primeiro ministro terá três meses para fazer o que May não logrou em três anos: tirar o país da União Europeia até a data prevista de 31 de outubro.

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O sistema de eleição britânico tende a ser um empecilho inicial. Johnson, ex-prefeito de Londres e ex-ministro das relações exteriores, foi eleito em uma votação que reuniu apenas 160.000 membros do partido conservador. Como destaca a revista Economist, esse grupo é “desproporcionalmente velho, rico e hostil à União Europeia”.

Na campanha para o cargo de líder dos conservadores e, consequentemente, primeiro-ministro, Johnson manteve sua ameaça de deixar o bloco europeu mesmo sem acordo.

Adversários torcem para que se trate apenas de ameaças ao estilo Donald Trump , que costumeiramente fala grosso para depois cantar vitória com um acordo intermediário.

Antes de se dedicar à grande missão do Brexit, Johnson deve ter que montar um novo governo, já que ao menos três ministros devem deixar seus cargos.

Ainda precisará apagar um incêndio na política externa, com a apreensão de um navio britânico pelo Irã. O novo primeiro-ministro deve tentar o de sempre: uma retórica agressiva. O problema: se ela não funcionar com os persas, quem garante que dará certo com os europeus?

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