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Duplo ataque suicida do Boko Haram na Nigéria deixa 18 mortos

Mais de 20 mil pessoas morreram desde o começo da insurgência jihadista na zona, em 2009

Boko Haram: Cerca de 1,7 milhão de pessoas foram obrigadas a deixar seus lares desde 2009 (Afolabi Sotunde/Reuters/Reuters)

Boko Haram: Cerca de 1,7 milhão de pessoas foram obrigadas a deixar seus lares desde 2009 (Afolabi Sotunde/Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de fevereiro de 2018 às 09h47.

Abuja - Pelo menos 18 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas em um duplo ataque suicida perpetrado supostamente pelo grupo jihadista Boko Haram em um mercado de Kodunga, no nordeste da Nigéria, segundo confirmaram à Agência Efe fontes policiais.

O ataque foi realizado por um homem e uma mulher ontem durante a noite no mercado da cidade, relatou à Agência Efe o porta-voz da polícia Joseph Kwaji.

O oficial da Agência Nacional de Gestão de Emergências Bashir Garga explicou à Efe que os terroristas teriam saído dos esconderijos que as forças militares destruíram nas últimas operações.

"Já não têm um refúgio fixo porque foi destruído pelas operações militares", disse Garga.

Os mais de 50 feridos estão sendo tratados no hospital.

O número de ataques suicidas na Nigéria nos últimos meses subiu apesar dos terroristas perderam presença em alguns dos seus territórios por operações feitas pelas forças de segurança.

Em represália, os jihadistas adaptaram seus ataques a locais considerados pontos fracos, como os lugares de oração, escolas e campos de deslocados.

O Boko Haram, que significa em línguas locais "A educação não islâmica é pecado", luta por impor um Estado de corte islâmica na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Mais de 20 mil pessoas morreram desde o começo da insurgência jihadista na zona, em 2009, cerca de 1,7 milhão de pessoas foram obrigadas a deixar seus lares e 4,7 milhões necessitam de assistência alimentícia de emergência, segundo números da ONU.

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