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Trump apresenta "Saturday Night Live" em meio a protestos

Em meio a fortes críticas e pedidos de que Trump fosse retirado da programação, o presidenciável republicano apresentou o Saturday Night Live conforme previsto


	Em meio a fortes críticas e pedidos de que Trump fosse retirado da programação, o presidenciável republicano apresentou o Saturday Night Live
 (Sean Rayford/AFP)

Em meio a fortes críticas e pedidos de que Trump fosse retirado da programação, o presidenciável republicano apresentou o Saturday Night Live (Sean Rayford/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2015 às 10h37.

Nova York - Donald Trump não tinha avançado muito em seu monólogo inicial no programa de TV Saturday Night Live até que uma voz na plateia gritou: "Você é um racista!".

A intervenção, porém, veio do comediante Larry David, que pouco antes de Trump entrar no palco aparecera imitando o democrata Bernie Sanders. Fora do palco, diversos grupos protestavam contra a participação de Trump no humorístico.

Em meio a fortes críticas e pedidos de que Trump fosse retirado da programação, o presidenciável republicano apresentou o Saturday Night Live conforme previsto.

"O que você está fazendo, Larry?", reagiu ele no palco. "Eu ouvi que, se gritasse isso, me pagariam US$ 5 mil", retrucou David, ao que Trump respondeu: "Como um homem de negócios, eu posso respeitar isso completamente".

Apesar de 40 anos de história convidando políticos para rirem de si próprios no ar, o convite do programa da rede NBC a um candidato a presidência foi quase sem precedentes.

Antes disso, apenas oito políticos haviam apresentado o programa e apenas um - o reverendo Al Sharpton em 2003 - estava envolvido com uma campanha presidencial no momento. Sharpton atuou na campanha do atual presidente Barack Obama.

O espaço dado a Trump reascendeu as chamas de revolta iniciadas em junho quando ele anunciou sua candidatura e descreveu imigrantes ilegais mexicanos como criminosos e estupradores.

A NBC sofreu forte pressão de grupos que pediam a retirada de Trump do programa por conta daquilo que uma ativista descreveu como "demagogia racista".

Horas antes do programa ir ao ar, dezenas de manifestantes marcharam da Trump Tower, edifício de propriedade do candidato, e, direção aos estúdios da NBS.

Eles entoavam gritos em inglês e espanhol e carregavam cartazes. Em espanhol, diziam: "as pessoas unidas jamais serão vencidas". Vários cartazes chamavam o Saturday Night Live de racista.

"Sinto que eles estão dando a Trump uma plataforma", disse Hazel Hernandez, de 26 anos, que veio de El Salvador e hoje vive no Brooklyn, em Nova York. "Sou uma imigrande e estou indignada, eu estou nesse país há muitos anos e é decepcionante que deixem ele apresentar o programa", acrescentou.

Não foi a primeira vez que Trump apresentou o Saturday Night Live. O bilionário apareceu também em 2004, poucas semanas depois de ter estreado na NBC com seu programa "O Aprendiz".

Famoso pela franqueza, Trump recebeu bem a controvérsia, prevendo que isso aumentaria a audiência.

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