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Diversidade? Não no gabinete de Donald Trump

Administração do novo governo americano tem a menor proporção de mulheres e não brancos em quase 30 anos

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (Mike Segar/Reuters)

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (Mike Segar/Reuters)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 17h38.

Última atualização em 24 de janeiro de 2017 às 17h42.

São Paulo - Homens, brancos e ideologicamente ligados à ala mais conservadora da direita: essa é a cara da administração Trump. Conforme destaca o jornal americano The New York Times, a lista do novo presidente para os cargos de alto escalão do seu gabinete traz a menor proporção de mulheres e minorias étnicas em quase 30 anos.

Para os 22 postos de trabalho na administração presidencial, Trump escolheu homens brancos para 17 deles. Os outros cinco cargos são ocupados por quatro mulheres e um homem negro. Esses cinco membros, porém, estarão em algumas das posições mais baixas. Nenhum deles estará no chamado gabinete interno.

A título de comparação, o primeiro gabinete de Barack Obama tinha 14 nomeados entre mulheres e minorias étnicas. Para referência, a reportagem do NYT inclui alguns infográficos sobre os gabinetes dos presidentes anteriores.

"Donald Trump está voltando para trás no relógio da diversidade com seu gabinete", disse Paul Light, professor da Wagner Graduate School of Public Service da Universidade de Nova York.

Tampouco foi nomeado algum funcionário de origem latina para a administração, observa o Miami Herald.

"O presidente Donald Trump está desprezando um monte de história, herança e o maior e mais rápido grupo minoritário em crescimento na América moderna", diz o jornal.

Isso não significa que os escolhidos de Trump sejam pessoas insensíveis à diversidade ou careçam de esclarecimentos.

A questão é de representatividade: será que as pessoas vão se sentir representadas por um gabinete tão pouco diverso? Qual mensagem a nova administração passa sobre os incansáveis anos de lutas dos movimentos pelos direitos civis no país? A conferir.

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