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Disparos da extrema-direita deixam três feridos na Ucrânia

Duas pessoas ficaram feridas em estado grave

Policiais armados em frente a hotel em Kiev, na Ucrânia (REUTERS/Shamil Zhumatov)

Policiais armados em frente a hotel em Kiev, na Ucrânia (REUTERS/Shamil Zhumatov)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2014 às 06h59.

Kiev - Um membro do partido de extrema-direita Pravy Sektor (setor de direita) efetuou disparos em um local próximo da Praça da Independência (Maidan) de Kiev, a capital da Ucrânia, que deixaram três pessoas feridas, informou nesta terça-feira o ministro do Interior do país, Arsen Avakov.

"Um tal de Orest, do Pravy Sektor, abriu fogo em frente a cafeteria Mafia, perto do Maidan. Três pessoas foram feridas, duas delas, em estado grave", escreveu o ministro em seu perfil do Facebook.

Avakov detalhou que dois dos feridos são "membros da Autodefesa do Maidan (a Praça da Independência, que foi o bastião da recente revolução ucraniana)", enquanto o terceiro é o subchefe da Administração de Kiev, Bogdan Dubas.

Acrescentou que outros ativistas do Maidan conseguiram bloquear o agressor em uma das instalações do estabelecimento, mas que, em seguida, vários indivíduos armados do Pravy Sektor chegaram para ajudar seu companheiro, o tiraram da cafeteria e o levaram ao hotel Dniepr.

Durante a madrugada, o hotel onde estavam hospedados os membros da organização radical foi cercado pela polícia, que pediu aos militantes que depusessem suas armas com a promessa de não invadir o edifício.

Poucas horas depois, segundo a imprensa local, o grupo saiu do hotel em uma caminhonete, enquanto o autor do tiroteio foi detido pela polícia.

Os radicais ultranacionalistas exigiram recentemente a renúncia de Avakov, a quem responsabilizam pela morte de um de seus líderes quando ele tentava resistir a sua prisão.

O Pravy Sektor, principal força de choque dos manifestantes nos trágicos enfrentamentos registrados em fevereiro em Kiev, é uma organização que reúne vários grupos da extrema-direita, inclusive membros de torcidas organizadas das equipes de futebol.

Acompanhe tudo sobre:UcrâniaViolência política

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