Diretor da CIA admite que técnicas foram "abomináveis"
Por outro lado, John Brennan contestou fortemente as conclusões de um relatório do Senado sobre as ações da agência
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 17h07.
Washington - O diretor da Agência Central de Inteligência ( CIA , na sigla em inglês), John Brennan, admitiu nesta quinta-feira que alguns dos funcionários da agência usaram técnicas "abomináveis" de interrogatório em prisioneiros na guerra contra o terrorismo .
Por outro lado, ele contestou fortemente as conclusões de um relatório do Senado sobre as ações da agência.
Durante entrevista coletiva na sede da CIA, Brennan defendeu a reputação da agência e criticou o relatório de 500 páginas divulgado nesta semana, como fundamentalmente falho nas suas conclusões.
"Temos orgulho excepcional no fornecimento da verdade ao poder, ainda que o poder goste ou concorde com o que dizemos ou não", afirmou.
Brennan admitiu que alguns agentes da CIA usaram técnicas de interrogatório não autorizados que foram "abomináveis e com razão devem ser repudiadas por todos".
De acordo com ele, contudo, os casos eram raros e que não representam as práticas mais amplas usadas no programa.
O diretor chegou a chamar as técnicas de "tortura", como têm feito os críticos, incluindo o presidente americano Barack Obama.
De acordo com Brennan, é impossível determinar se as técnicas de interrogatório controversas, incluindo a simulação de afogamento, levaram os presos a relevarem informações verdadeiras.
Os comentários do diretor da CIA foram sua primeira tentativa de defender a agência em meio ao clamor nacional e internacional provocado pelo relatório altamente crítico do Comitê de Inteligência do Senado.
O documento afirma que as técnicas de prisão e interrogatório do programa usadas após o atentando do 11 de setembro foram mal geridas e ineficazes.
Críticos da agência denunciaram novos detalhes de como a CIA usou métodos de interrogatório que vão desde a privação de sono à simulação de afogamento.
Por outro lado, ex-agentes da CIA e senadores republicanos defenderam a agência contra o que chamaram de um relatório enviesado.
O documento, elaborado por democratas do Senado e não apoiado pelos republicanos no painel, é resultado de uma investigação iniciada há mais de cinco anos.
Concluiu-se que os métodos de interrogatório não foram eficazes, que a CIA enganou legisladores e formuladores de políticas, e que o programa era "muito mais brutal " do que a agência havia reconhecido.
Fonte: Dow Jones Newswires.
Washington - O diretor da Agência Central de Inteligência ( CIA , na sigla em inglês), John Brennan, admitiu nesta quinta-feira que alguns dos funcionários da agência usaram técnicas "abomináveis" de interrogatório em prisioneiros na guerra contra o terrorismo .
Por outro lado, ele contestou fortemente as conclusões de um relatório do Senado sobre as ações da agência.
Durante entrevista coletiva na sede da CIA, Brennan defendeu a reputação da agência e criticou o relatório de 500 páginas divulgado nesta semana, como fundamentalmente falho nas suas conclusões.
"Temos orgulho excepcional no fornecimento da verdade ao poder, ainda que o poder goste ou concorde com o que dizemos ou não", afirmou.
Brennan admitiu que alguns agentes da CIA usaram técnicas de interrogatório não autorizados que foram "abomináveis e com razão devem ser repudiadas por todos".
De acordo com ele, contudo, os casos eram raros e que não representam as práticas mais amplas usadas no programa.
O diretor chegou a chamar as técnicas de "tortura", como têm feito os críticos, incluindo o presidente americano Barack Obama.
De acordo com Brennan, é impossível determinar se as técnicas de interrogatório controversas, incluindo a simulação de afogamento, levaram os presos a relevarem informações verdadeiras.
Os comentários do diretor da CIA foram sua primeira tentativa de defender a agência em meio ao clamor nacional e internacional provocado pelo relatório altamente crítico do Comitê de Inteligência do Senado.
O documento afirma que as técnicas de prisão e interrogatório do programa usadas após o atentando do 11 de setembro foram mal geridas e ineficazes.
Críticos da agência denunciaram novos detalhes de como a CIA usou métodos de interrogatório que vão desde a privação de sono à simulação de afogamento.
Por outro lado, ex-agentes da CIA e senadores republicanos defenderam a agência contra o que chamaram de um relatório enviesado.
O documento, elaborado por democratas do Senado e não apoiado pelos republicanos no painel, é resultado de uma investigação iniciada há mais de cinco anos.
Concluiu-se que os métodos de interrogatório não foram eficazes, que a CIA enganou legisladores e formuladores de políticas, e que o programa era "muito mais brutal " do que a agência havia reconhecido.
Fonte: Dow Jones Newswires.