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Diplomatas americanos protestam contra decreto de Trump

O Departamento de Estado possui um mecanismo formal, pelo qual os diplomatas podem registrar sua preocupação com o impacto de uma decisão oficial

Diplomacia: a assinatura do decreto provocou uma onda de protestos em todo o país e reações iradas no exterior (Brian Snyder/Reuters)

Diplomacia: a assinatura do decreto provocou uma onda de protestos em todo o país e reações iradas no exterior (Brian Snyder/Reuters)

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AFP

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 17h05.

Vários diplomatas americanos protestaram oficialmente contra o decreto adotado na sexta-feira pelo presidente Donald Trump que suspende a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de países muçulmanos e refugiados, informou nesta segunda-feira o departamento de Estado.

"Estamos cientes de uma mensagem de dissidência que está circulando contra a ordem executiva", afirmou o porta-voz interino do Departamento de Estado, Mark Toner, que informa que o documento ainda não foi formalmente apresentado.

O Departamento de Estado possui um mecanismo formal, chamado "Canal de Dissidência", pelo qual os diplomatas podem registrar a sua preocupação com o impacto que uma decisão oficial pode ter sobre a política externa do país.

Toner optou por não divulgar o conteúdo do documento, que já está circulando no Canal de Dissidência, ou relatar quantos diplomatas já assinaram, mas confirmou que se refere ao decreto assinado por Trump na sexta-feira e intitulado "Proteger a nação da entrada de terroristas estrangeiros nos Estados Unidos".

A assinatura do decreto provocou uma onda de protestos em todo o país e reações iradas no exterior.

Um respeitado blog de assuntos relacionados à segurança, Lawfare, reproduziu nesta segunda-feira uma versão do documento dissidente de cinco páginas, e disse que "centenas de funcionários de serviços estrangeiros têm a intenção de adicionar suas assinaturas ao memorando da dissidência".

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