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Dinamarca terá controle provisório em fronteira com Alemanha

O governo justificou a medida pelas consequências da entrada em vigor nesta madrugada de controles de identidade impostos pela Suécia

Refugiados na UE: "Também não queremos ver refugiados e imigrantes caminhando pelas estradas" (Gettyimages)
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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 10h33.

Copenhague - A Dinamarca restabeleceu controles provisórios na fronteira com a Alemanha devido a situação criada pela onda de refugiados chegados ao norte da Europa, anunciou nesta segunda-feira o primeiro-ministro, Lars Lokke Rasmussen.

Rasmussen justificou a medida pelas consequências para a segurança derivadas da entrada em vigor nesta madrugada de controles de identidade impostos pela Suécia em sua fronteira, após decidir não aceitar receber no país quem chegar sem documentos.

"Há um risco grave de que imigrantes ilegais fiquem na Dinamarca. Também não queremos ver refugiados e imigrantes caminhando pelas estradas", disse o primeiro-ministro, em referência aos episódios ocorridos no segundo semestre do ano passado no país.

Os controles dinamarqueses, que começaram a funcionar ao meio-dia (10h em Brasília), vigorarão por dez dias, prorrogáveis, e terão caráter aleatório, ressaltou Rasmussen, que informou as autoridades europeias e os governos dos países vizinhos.

"O controle fronteiriço não significa que vamos a rejeitar os que pedem asilo na Dinamarca. Não descarto que implique inclusive que mais pessoas peçam asilo aqui", declarou o primeiro-ministro dinamarquês, sem excluir que possa imitar a Suécia no futuro.

A Suécia, país da União Europeia que mais recebe refugiados per capita, introduziu controles semelhantes em novembro, mas dois meses depois os ampliou argumentando que seu sistema de amparada estava colapsado.

A Dinamarca registrou desde o final de setembro 13 mil solicitações de asilo, quase tantas como todo o ano passado, embora longe das quase 163 mil da Suécia, que nos últimos meses deixou pra trás sua antiga generosa política de asilo.

Os novos controles impostos pela Suécia afetam sobretudo a ponte do estreito de Sund, que conecta Copenhague com a cidade sueca de Malmö, e é a principal artéria de comunicação entre os dois países, usada diariamente por dezenas de milhares de pessoas.

As autoridades dinamarquesas tiveram que implantar postos de controle na estação de trem do aeroporto de Kastrup, a última antes da Suécia, para registrar todos os que viajam para este país, medida que já provoca ligeiros atrasos no tráfego.

O governo liberal de minoria dinamarquês tinha insinuado nas últimas semanas que poderia restabelecer os controles, uma reivindicação do ultranacionalista Partido Popular Dinamarquês, seu principal aliado e primeira força do bloco de centro-direita.

O líder deste partido, Kristian Thulesen Dahl, qualificou hoje a medida de "passo na direção correta", mas pediu que os controles sejam ainda mais extensos.

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Copenhague - A Dinamarca restabeleceu controles provisórios na fronteira com a Alemanha devido a situação criada pela onda de refugiados chegados ao norte da Europa, anunciou nesta segunda-feira o primeiro-ministro, Lars Lokke Rasmussen.

Rasmussen justificou a medida pelas consequências para a segurança derivadas da entrada em vigor nesta madrugada de controles de identidade impostos pela Suécia em sua fronteira, após decidir não aceitar receber no país quem chegar sem documentos.

"Há um risco grave de que imigrantes ilegais fiquem na Dinamarca. Também não queremos ver refugiados e imigrantes caminhando pelas estradas", disse o primeiro-ministro, em referência aos episódios ocorridos no segundo semestre do ano passado no país.

Os controles dinamarqueses, que começaram a funcionar ao meio-dia (10h em Brasília), vigorarão por dez dias, prorrogáveis, e terão caráter aleatório, ressaltou Rasmussen, que informou as autoridades europeias e os governos dos países vizinhos.

"O controle fronteiriço não significa que vamos a rejeitar os que pedem asilo na Dinamarca. Não descarto que implique inclusive que mais pessoas peçam asilo aqui", declarou o primeiro-ministro dinamarquês, sem excluir que possa imitar a Suécia no futuro.

A Suécia, país da União Europeia que mais recebe refugiados per capita, introduziu controles semelhantes em novembro, mas dois meses depois os ampliou argumentando que seu sistema de amparada estava colapsado.

A Dinamarca registrou desde o final de setembro 13 mil solicitações de asilo, quase tantas como todo o ano passado, embora longe das quase 163 mil da Suécia, que nos últimos meses deixou pra trás sua antiga generosa política de asilo.

Os novos controles impostos pela Suécia afetam sobretudo a ponte do estreito de Sund, que conecta Copenhague com a cidade sueca de Malmö, e é a principal artéria de comunicação entre os dois países, usada diariamente por dezenas de milhares de pessoas.

As autoridades dinamarquesas tiveram que implantar postos de controle na estação de trem do aeroporto de Kastrup, a última antes da Suécia, para registrar todos os que viajam para este país, medida que já provoca ligeiros atrasos no tráfego.

O governo liberal de minoria dinamarquês tinha insinuado nas últimas semanas que poderia restabelecer os controles, uma reivindicação do ultranacionalista Partido Popular Dinamarquês, seu principal aliado e primeira força do bloco de centro-direita.

O líder deste partido, Kristian Thulesen Dahl, qualificou hoje a medida de "passo na direção correta", mas pediu que os controles sejam ainda mais extensos.

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