Dinamarca libera passagem de refugiados para a Suécia
O tráfego ferroviário com a Alemanha, que estava suspenso desde ontem por segurança devido ao grande número de refugiados, foi reaberto
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2015 às 08h58.
Copenhague - A polícia dinamarquesa decidiu liberar nesta quinta-feira a passagem de centenas de refugiados, que permaneciam retidos em centros provisórios e em várias estações de trem, que se recusam a pedir asilo na Dinamarca e querem seguir rumo à Suécia .
O tráfego ferroviário com a Alemanha, que estava suspenso desde ontem por segurança devido ao grande número de refugiados, foi reaberto hoje, confirmou a Companhia de Ferrovias Estatais Dinamarquesas (DSB, sigla em dinamarquês).
"A polícia tem possibilidades limitadas para reter os estrangeiros que chegam ao país. Muitos não querem entrar em contato com as autoridades e não querem outra coisa além de seguir viagem para a Suécia e outros países", informou a Polícia Nacional em comunicado.
A decisão foi tomada "a partir de uma estimativa estritamente policial", baseada nas opções contempladas pelas leis dinamarquesas.
"Não podemos reter os estrangeiros que não querem pedir asilo e se não há perspectivas de poder enviá-los de volta rapidamente", assinalou Jens Henrik Hoejbjerg, diretor da Polícia Nacional.
O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, tinha afirmado há dois dias que a Dinamarca era obrigada pela legislação de Dublin a registrar todos os solicitantes de asilo e que não podia deixar que seguissem viagem para a Suécia, um país que tem uma política mais favorável aos refugiados e onde muitos diziam ter família.
"Seguimos estritamente nossas obrigações internacionais. Nossa obrigação é registrar os que pedem asilo", disse hoje em entrevista coletiva o diretor da Polícia Nacional, que negou ser alvo de pressões políticas.
As autoridades admitiram que dos 3.200 refugiados que chegaram à Dinamarca desde o domingo pela noite, vindos da Alemanha, apenas uma pequena parte pediu asilo no país escandinavo.
Cerca de 350 refugiados permaneceram retidos ontem em trens nas estações de Roedbyhavn e Padborg, no sul do país. No entanto, por volta da meia-noite local, puderam sair sem que a polícia os impedisse e muitos foram recolhidos em carros particulares, assim como outro grupo que caminhava por uma estrada rumo à Suécia, de acordo com a imprensa dinamarquesa.
O governo dinamarquês manteve contatos nos últimos dias com as autoridades suecas para buscar uma solução, mas Estocolmo lembrou que a legislação de Dublin, que regulamenta a política de asilo da UE, obriga a Dinamarca a se responsabilizar por eles.
Rasmussen convocou hoje uma reunião com os líderes de todos os partidos políticos para tratar da crise de refugiados.
A Dinamarca se negou a aceitar as cotas propostas pela Comissão Europeia, apelando à exceção na área judicial, que inclui a política de asilo, que o país tem desde 1993.
Copenhague - A polícia dinamarquesa decidiu liberar nesta quinta-feira a passagem de centenas de refugiados, que permaneciam retidos em centros provisórios e em várias estações de trem, que se recusam a pedir asilo na Dinamarca e querem seguir rumo à Suécia .
O tráfego ferroviário com a Alemanha, que estava suspenso desde ontem por segurança devido ao grande número de refugiados, foi reaberto hoje, confirmou a Companhia de Ferrovias Estatais Dinamarquesas (DSB, sigla em dinamarquês).
"A polícia tem possibilidades limitadas para reter os estrangeiros que chegam ao país. Muitos não querem entrar em contato com as autoridades e não querem outra coisa além de seguir viagem para a Suécia e outros países", informou a Polícia Nacional em comunicado.
A decisão foi tomada "a partir de uma estimativa estritamente policial", baseada nas opções contempladas pelas leis dinamarquesas.
"Não podemos reter os estrangeiros que não querem pedir asilo e se não há perspectivas de poder enviá-los de volta rapidamente", assinalou Jens Henrik Hoejbjerg, diretor da Polícia Nacional.
O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, tinha afirmado há dois dias que a Dinamarca era obrigada pela legislação de Dublin a registrar todos os solicitantes de asilo e que não podia deixar que seguissem viagem para a Suécia, um país que tem uma política mais favorável aos refugiados e onde muitos diziam ter família.
"Seguimos estritamente nossas obrigações internacionais. Nossa obrigação é registrar os que pedem asilo", disse hoje em entrevista coletiva o diretor da Polícia Nacional, que negou ser alvo de pressões políticas.
As autoridades admitiram que dos 3.200 refugiados que chegaram à Dinamarca desde o domingo pela noite, vindos da Alemanha, apenas uma pequena parte pediu asilo no país escandinavo.
Cerca de 350 refugiados permaneceram retidos ontem em trens nas estações de Roedbyhavn e Padborg, no sul do país. No entanto, por volta da meia-noite local, puderam sair sem que a polícia os impedisse e muitos foram recolhidos em carros particulares, assim como outro grupo que caminhava por uma estrada rumo à Suécia, de acordo com a imprensa dinamarquesa.
O governo dinamarquês manteve contatos nos últimos dias com as autoridades suecas para buscar uma solução, mas Estocolmo lembrou que a legislação de Dublin, que regulamenta a política de asilo da UE, obriga a Dinamarca a se responsabilizar por eles.
Rasmussen convocou hoje uma reunião com os líderes de todos os partidos políticos para tratar da crise de refugiados.
A Dinamarca se negou a aceitar as cotas propostas pela Comissão Europeia, apelando à exceção na área judicial, que inclui a política de asilo, que o país tem desde 1993.