Dinamarca conclui missão contra EI na Síria e no Iraque
A retirada dos caças enviados aos países não diminuí a importância do combate com o EI, que, de acordo com a Dinamarca, ainda é prioridade
EFE
Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 12h36.
Última atualização em 2 de dezembro de 2016 às 13h06.
Copenhague - O governo da Dinamarca anunciou nesta sexta-feira a retirada dos sete caças enviados à Síria e ao Iraque na missão internacional contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) após finalizar o período de seis meses autorizado pelo parlamento.
A decisão foi adotada na comissão das Relações Exteriores do parlamento, na qual, além disso, se aprovou a manutenção dos cerca de 200 soldados alocados no Iraque para treinar as forças locais, acrescentando cerca de 20 unidades do corpo de engenharia.
O ministro das Relações Exteriores, Anders Samuelsen, ressaltou ao término da reunião que trata-se de uma decisão planejada e que a luta contra o EI continua sendo uma "prioridade" na política dinamarquesa.
Os sete F16, quatro em atividade e três em reserva, além de um avião de transporte, retornarão à Dinamarca em meados de dezembro.
"Trata-se de uma ponderação global, é preciso considerar todo o tempo a carga que supõem os aviões frente aos benefícios que oferecem. Cumprimos 100% do que tínhamos prometido, em acordo total com as decisões adotadas na Otan", afirmou em comunicado o ministro da Defesa do país nórdico, Claus Hjort Frederiksen.
Além disso, o governo dinamarquês ressaltou que o país aprovou em outubro uma verba de 332,5 milhões de coroas dinamarquesas (R$ 162,73 milhões) para apoiar diferentes organizações opositoras ao regime sírio.
A Dinamarca foi um dos países que admitiu participação no bombardeio aéreo da coalizão em 17 de setembro contra uma posição do exército sírio em Deir ez Zor, que causou a morte de mais de 60 soldados.
Um relatório do Pentágono divulgado esta semana reconheceu falhas de inteligência e na hora de estabelecer os alvos do ataque, que a coalizão atribuiu a um erro, e que o regime sírio considerou uma "agressão flagrante".
O parlamento dinamarquês tinha aprovado em abril enviar até 400 soldados e vários aviões de combate para a luta contra o EI no Iraque e na Síria.