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Dilma volta a lançar críticas contra empresas de energia

A presidente reclamou da "insensibilidade" e da falta de cooperação de empresas que não aderiram à proposta de renovação de concessões

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 15h36.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar, durante o anúncio de um plano para os portos brasileiros, as empresas de energia que não aderiram nesta semana à proposta do governo para antecipar a renovação de concessões.

"Fizemos uma proposta de reduzir o preço da energia elétrica, essa proposta não foi feita com o chapéu alheio, esse chapéu que nós estamos usando é de todos os brasileiros, porque é deles que é a energia elétrica, eles pagaram por isso", disse Dilma em discurso nesta quinta-feira, na cerimônia de lançamento do plano de investimentos de 54,2 bilhões de reais para o setor portuário brasileiro.

A promessa do governo de reduzir as tarifas de energia em cerca de 20 por cento foi frustrada pela adesão apenas parcial de empresas elétricas à renovação antecipada e condicionada de concessões do setor. Com isso, o corte nas contas de luz seria de 16,7 por cento, em média, a partir de março do próximo ano.

O governo reagiu à recusa das empresas com ataque, culpando os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, todos comandados pelo PSDB --principal partido de oposição ao governo federal--, pelo fato de suas respectivas estatais não terem aderido à prorrogação na geração de energia.

Em evento na quarta-feira, Dilma disse a uma plateia de empresários da indústria que o governo não recuaria da sua decisão de reduzir as tarifas de energia e que lamentava profundamente a grande "insensibilidade" dos que não percebiam a importância da medida para garantir um crescimento sustentável.


Sem esconder a irritação, Dilma voltou a afirmar nesta manhã que o Brasil precisa de energia mais barata em todos os setores e garantiu que o Tesouro vai bancar a diferença pela decisão de algumas empresas de não aceitar a renovação antecipada das concessões.

"O país precisa de energia mais barata. Precisa para as indústrias, para as empresas, para todos, inclusive para as famílias", disse Dilma.

"Nós tivemos não colaboradores nessa missão, e quando você tem não colaboradores, os não colaboradores deixam no seu rastro uma falta de recursos", afirmou.

"Essa falta de recursos vai ser bancada pelo Tesouro do governo federal. Agora, a responsabilidade por não ter feito isso é de quem decidiu não fazer", disse.

A presidente indicou ainda que as empresas que não aderiram ao plano de redução do preço de energia do governo não serão contempladas com uma nova rodada de renovações dos seus ativos.


"A hora de prorrogar passou. Agora é hora de devolver", discursou a presidente sob aplausos.

Sobre o plano de investimentos em portos, a presidente disse esperar que a nova regulamentação estimule fortemente os investimentos no setor.

"O que nós queremos é que haja uma explosão de investimentos", afirmou.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar, durante o anúncio de um plano para os portos brasileiros, as empresas de energia que não aderiram nesta semana à proposta do governo para antecipar a renovação de concessões.

"Fizemos uma proposta de reduzir o preço da energia elétrica, essa proposta não foi feita com o chapéu alheio, esse chapéu que nós estamos usando é de todos os brasileiros, porque é deles que é a energia elétrica, eles pagaram por isso", disse Dilma em discurso nesta quinta-feira, na cerimônia de lançamento do plano de investimentos de 54,2 bilhões de reais para o setor portuário brasileiro.

A promessa do governo de reduzir as tarifas de energia em cerca de 20 por cento foi frustrada pela adesão apenas parcial de empresas elétricas à renovação antecipada e condicionada de concessões do setor. Com isso, o corte nas contas de luz seria de 16,7 por cento, em média, a partir de março do próximo ano.

O governo reagiu à recusa das empresas com ataque, culpando os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, todos comandados pelo PSDB --principal partido de oposição ao governo federal--, pelo fato de suas respectivas estatais não terem aderido à prorrogação na geração de energia.

Em evento na quarta-feira, Dilma disse a uma plateia de empresários da indústria que o governo não recuaria da sua decisão de reduzir as tarifas de energia e que lamentava profundamente a grande "insensibilidade" dos que não percebiam a importância da medida para garantir um crescimento sustentável.


Sem esconder a irritação, Dilma voltou a afirmar nesta manhã que o Brasil precisa de energia mais barata em todos os setores e garantiu que o Tesouro vai bancar a diferença pela decisão de algumas empresas de não aceitar a renovação antecipada das concessões.

"O país precisa de energia mais barata. Precisa para as indústrias, para as empresas, para todos, inclusive para as famílias", disse Dilma.

"Nós tivemos não colaboradores nessa missão, e quando você tem não colaboradores, os não colaboradores deixam no seu rastro uma falta de recursos", afirmou.

"Essa falta de recursos vai ser bancada pelo Tesouro do governo federal. Agora, a responsabilidade por não ter feito isso é de quem decidiu não fazer", disse.

A presidente indicou ainda que as empresas que não aderiram ao plano de redução do preço de energia do governo não serão contempladas com uma nova rodada de renovações dos seus ativos.


"A hora de prorrogar passou. Agora é hora de devolver", discursou a presidente sob aplausos.

Sobre o plano de investimentos em portos, a presidente disse esperar que a nova regulamentação estimule fortemente os investimentos no setor.

"O que nós queremos é que haja uma explosão de investimentos", afirmou.

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