Mundo

Dilma reserva manhã deste domingo para se dedicar à política externa

Presidente receberá líderes de Uruguai, Palestina, Cuba, Coreia, Portugal, Espanha e Japão; presidente Hugo Chávez cancelou seu encontro.

Dilma pretende estreitar as relações com o Uruguai. (Roberto Stuckert Filho/Presidência)

Dilma pretende estreitar as relações com o Uruguai. (Roberto Stuckert Filho/Presidência)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2011 às 08h35.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff decidiu que o primeiro de trabalho como chefe de Estado será dedicado à política externa. Em pouco mais de três horas e meia, ela receberá, na manhã de hoje (2) no Palácio do Planalto, dois presidentes, três primeiros-ministros, o príncipe Felipe de Bórbon, da Espanha, e Taro Aso, ex-primeiro-ministro do Japão. Paralelamente, o novo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reúne-se com chanceleres estrangeiros.</p>

Com o presidente do Uruguai, José Mujica, Dilma deverá reiterar a meta de ampliar e intensificar as relações regionais, segundo assessores. Como a presidente, Mujica tem um passado de militância política ativa no combate à ditadura militar. Estava previsto, para esta manhã, um encontro de Dilma com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mas ele antecipou o embarque para ontem (1º) à noite.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, esteve no último dia 31 com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e agradeceu o apoio dado por ele ao reconhecimento do Estado Palestino. Abbas escolheu Brasília para sediar a primeira embaixada da Palestina em terreno próprio. Na conversa com Dilma, a expectativa, segundo diplomatas, é que Abbas reitere o pedido de apoio à questão palestina.

Na lista de audiências da presidente neste domingo estão os primeiros-ministros de Cuba, José Ramón Machado Ventura, da Coreia, Kim Hwang-Sik, e de Portugal, José Sócrates, além do ex-primeiro-ministro do Japão Taro Aso e do príncipe Felipe da Espanha. Ventura e Sócrates também estiveram com Lula na semana passada.

Sócrates defendeu que o Brasil ocupe uma cadeira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele disse que acompanhou a “transformação” que o Brasil viveu nos oito ano do governo Lula e que, ao mudar o país, “mudou também a visão do mundo sobre o Brasil”.

Nos últimos dois dias, o novo chanceler já conversou com o ministro da Defesa da França, Alain Juppé, sobre a compra dos 36 aviões caças que o Brasil pretende comprar - a França disputa a venda com a Suécia e os Estados Unidos. Em novembro, Lula e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, assinaram um acordo de defesa estratégica incluindo a compra de helicópteros e submarinos convencionais e de energia nuclear.

Patriota se reúne hoje à tarde com o chanceler da Argentina, Héctor Timerman. No encontro, deles deverão rever os principais temas da relação entre os dois países. Timerman disse que quer sugerir a realização de uma reunião em Buenos Aires, já no primeiro trimestre de 2011.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaGoverno DilmaPolítica

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame