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Dilma: europeus e brasileiros podem combater problemas na África

A presidente sugeriu a execução de programas de transferência de renda desenvolvidos no Brasil, como o Bolsa Família, em vários países africanos com o apoio da UE

“Podemos multiplicar as ações bem-sucedidas”, ressaltou Dilma ao lado dos presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Barroso (Roberto Stuckert Filho/PR)

“Podemos multiplicar as ações bem-sucedidas”, ressaltou Dilma ao lado dos presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Barroso (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 09h54.

Bruxelas – Os programas de transferência de renda desenvolvidos no Brasil, como o Bolsa Família, podem ser executados em vários países da África com o apoio da União Europeia (UE). A alternativa foi apresentada hoje (4) pela presidente Dilma Rousseff durante a reunião da 5ª Cúpula Brasil-União Europeia. Para ela, a união na comunidade internacional é a alternativa para combater a “pobreza estrutural”.

“Podemos multiplicar as ações bem-sucedidas”, ressaltou Dilma na presença dos presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, além de ministros brasileiros, indicando a disposição brasileira em colaborar com as ações conjuntas de equilíbrio social. A presidenta lembrou que no Brasil os esforços visam a combater a pobreza e a intolerância como um todo.

Paralelamente, o Brasil e a União Europeia assinaram hoje uma série de acordos nas áreas de turismo, ciência e tecnologia, educação e cultura. Para Dilma, a tendência é incrementar as parcerias entre europeus e brasileiros, incluindo as áreas de comércio e economia.

Dilma lembrou que em 2010 o comércio entre o Brasil e a União Europeia superou US$ 82 bilhões. Segundo ela, o esforço é aumentar para US$ 100 bilhões. A previsão da presidenta se baseia na elevação de 26,7% dos dados de 2009 a 2010. Segundo ela, há indicações de que as parcerias entre o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a União Europeia estão sendo bem-sucedidas.

No entanto, a presidente não detalhou as negociações. Estão em curso articulações para ser fechado um acordo de livre comércio em 2012. Segundo especialistas, com o acordo, serão multiplicadas as possibilidades de intercâmbio e até de geração de empregos.

Porém, os europeus temem a competição com a carne produzida no Mercosul. Também há negociações envolvendo a indústria manufatureira. Em 2004, as negociações para o livre comércio entre os dois blocos foram interrompidas e retomadas este ano. Dilma ressaltou que os brasileiros torcem pelo êxito dos europeus. “O êxito da UE é extremamente importante para os europeus e toda a humanidade”, disse ela.

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