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Dilma e Cristina Kirchner se reúnem na sexta em Brasília

O Palácio do Planalto sabe que é preciso superar as restrições impostas pela Argentina, mas prefere deixar que as negociações sejam conduzidas pelo Ministério do Desenvolvimento

Cristina Kirchner (direita), presidente argentina, abraça a presidente Dilma Rousseff em encontro em 31 de janeiro  (Juan Mabromata/AFP)

Cristina Kirchner (direita), presidente argentina, abraça a presidente Dilma Rousseff em encontro em 31 de janeiro (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 19h56.

Brasília e Buenos Aires – Depois de participar da cerimônia de posse de Ollanta Humalla na Presidência do Peru, na próxima quinta-feira (28), a presidenta Dilma Rousseff e a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, seguirão para Brasília. Na sexta-feira (29), elas terão mais um encontro bilateral, que dará sequência às reuniões semestrais entre Dilma e seus colegas do Mercosul e da Venezuela.

Embora vigorem restrições impostas pelo governo da Argentina a uma série de produtos brasileiros, o tema não consta oficialmente da pauta de discussão entre as duas presidentas. Isso não significa que Dilma e Cristina não possam falar sobre o assunto.

O Palácio do Planalto sabe que é preciso superar as restrições impostas pela Argentina, mas prefere deixar que as negociações sejam conduzidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

Já o interesse de empresas argentinas em participar das obras destinadas à Copa do Mundo de 2014, em 12 cidades-sede, e às Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, deverá ser trato pelas duas presidentas, segundo o embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordeiro.

As restrições à entrada de produtos brasileiros no país vizinho foram ampliadas pelo governo de Cristina Kirchner, que lançou uma série de medidas protecionistas no primeiro semestre deste ano. A preocupação da Argentina é com o crescente superávit comercial brasileiro.

De acordo com o embaixador, "os problemas comerciais que existem são menores". "Para a Argentina, o déficit comercial é um problema. Estima-se que até o final do ano o déficit na balança comercial com o Brasil será de US$ 6 bilhoes."


O Brasil, assinalou Cordeiro, é o maior mercado para os manufaturados argentinos. "Cerca de 85% das exportações de manufaturados argentinos são para o Brasil. A Argentina também é o maior mercado para produtos industrializados brasileiros."

Dilma foi à Argentina em janeiro deste ano, em sua primeira viagem internacional. Cristina Kirchner seguirá direto do Peru para Brasília. A previsão é que elas tenham um encontro privado na parte da manhã e façam uma declaração conjunta à imprensa depois. De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena, não há previsão de assinatura de atos entre os dois governos.

Após a declaração, a presidenta argentina participará de um almoço no Palácio do Itamaraty. Na parte da tarde, Cristina Kisrchner participará da inauguração da nova sede da Embaixada da Argentina em Brasília.

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