Exame Logo

Dilma defende reformas de instituições financeiras internacionais

A presidente se referiu ao FMI e reclamou dos efeitos das decisões de alguns países por meio da valorização artificial de suas moedas

Dilma e o presidente da Turquia Abdullah Gül: segundo ela, os dois países podem contribuir no G20 para as reformas, aumentando a participação de ambos nas decisões (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2011 às 12h18.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (7), em Ancara, na Turquia, que brasileiros e turcos se unam em favor de reformas de instituições financeiras e econômicas internacionais. Ela se referiu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e reclamou dos efeitos das decisões de alguns países por meio da valorização artificial de suas moedas. Para a presidente, as articulações devem ocorrer já em novembro, durante as reuniões do G20 (que engloba as 20 maiores economias do mundo), em Cannes, na França.

"O Brasil e a Turquia podem contribuir no G20, por exemplo, para o prosseguimento das reformas nas instituições econômicas e financeiras internacionais, aumentando a participação de nossos países nas decisões que afetam diretamente nossos povos", disse a presidente, no Fórum Empresarial Brasil-Turquia.

Segundo Dilma, Brasil e Turquia sofrem com as políticas monetárias expansivas do mundo desenvolvido. "Como países emergentes, somos afetados pelas políticas de reação dos países desenvolvidos à crise, notadamente à expansão monetária, praticada por alguns bancos centrais, que levam a uma espécie de guerra cambial. Isso compromete os valores das nossas mercadorias", disse.

Em seguida, a presidente acrescentou que essas “políticas monetárias excessivamente expansionistas têm sido remédio privilegiado que as economias mais desenvolvidas têm buscado nos últimos tempos e têm como efeito secundário a valorização artificial” de moedas.

A presidente lembrou também que na última década o comércio entre a Turquia e o Brasil triplicou de 2009 para 2010. Em maio do ano passado, os dois países adotaram o Plano de Ação para Parceria Estratégica, que envolve iniciativas nas áreas de energia, defesa, cooperação agrícola, ciência e tecnologia e promoção cultural.

O governo turco anunciou a visita de uma missão de empresários da construção civil ao Brasil para o próximo mês. A presidente convidou os empresários turcos do setor a participarem das obras de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014.

No primeiro dia de agenda oficial em Ancara, Dilma se reuniu com o presidente turco, Abdullah Gul, e o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan. Antes do fórum, a presidente visitou o Memorial Ataturk, onde participou de cerimônia de deposição de flores em homenagem ao líder Mustafa Kemal Ataturk. Ela registrou em livro uma mensagem ao líder considerado pai da Turquia moderna. Com informações da BBC Brasil e do blog do Planalto

Veja também

Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (7), em Ancara, na Turquia, que brasileiros e turcos se unam em favor de reformas de instituições financeiras e econômicas internacionais. Ela se referiu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e reclamou dos efeitos das decisões de alguns países por meio da valorização artificial de suas moedas. Para a presidente, as articulações devem ocorrer já em novembro, durante as reuniões do G20 (que engloba as 20 maiores economias do mundo), em Cannes, na França.

"O Brasil e a Turquia podem contribuir no G20, por exemplo, para o prosseguimento das reformas nas instituições econômicas e financeiras internacionais, aumentando a participação de nossos países nas decisões que afetam diretamente nossos povos", disse a presidente, no Fórum Empresarial Brasil-Turquia.

Segundo Dilma, Brasil e Turquia sofrem com as políticas monetárias expansivas do mundo desenvolvido. "Como países emergentes, somos afetados pelas políticas de reação dos países desenvolvidos à crise, notadamente à expansão monetária, praticada por alguns bancos centrais, que levam a uma espécie de guerra cambial. Isso compromete os valores das nossas mercadorias", disse.

Em seguida, a presidente acrescentou que essas “políticas monetárias excessivamente expansionistas têm sido remédio privilegiado que as economias mais desenvolvidas têm buscado nos últimos tempos e têm como efeito secundário a valorização artificial” de moedas.

A presidente lembrou também que na última década o comércio entre a Turquia e o Brasil triplicou de 2009 para 2010. Em maio do ano passado, os dois países adotaram o Plano de Ação para Parceria Estratégica, que envolve iniciativas nas áreas de energia, defesa, cooperação agrícola, ciência e tecnologia e promoção cultural.

O governo turco anunciou a visita de uma missão de empresários da construção civil ao Brasil para o próximo mês. A presidente convidou os empresários turcos do setor a participarem das obras de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014.

No primeiro dia de agenda oficial em Ancara, Dilma se reuniu com o presidente turco, Abdullah Gul, e o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan. Antes do fórum, a presidente visitou o Memorial Ataturk, onde participou de cerimônia de deposição de flores em homenagem ao líder Mustafa Kemal Ataturk. Ela registrou em livro uma mensagem ao líder considerado pai da Turquia moderna. Com informações da BBC Brasil e do blog do Planalto

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDilma RousseffEuropaFMIPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresreformasTurquia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame