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Dilma apela a PSD, em vão, para aprovar Código

Presidente pediu a Kassab ajuda para convencer os parlamentares do PSD a apoiar o projeto de reforma do Código Florestal que foi aprovado pelos senadores

A negativa de Kassab fratura ainda mais a base governista no Congresso (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2012 às 09h42.

Brasília - Em pouco mais de um mês, a presidente Dilma Rousseff ouviu dois "nãos" da boca do prefeito Gilberto Kassab, também presidente do PSD. Num encontro realizado na quinta-feira à noite, no Palácio do Planalto, Dilma pediu a Kassab ajuda para convencer os parlamentares do PSD a apoiar o projeto de reforma do Código Florestal que foi aprovado pelos senadores, e que garante a recuperação de vegetação nativa às margens de rios. A negativa de Kassab fratura ainda mais a base governista no Congresso.

O prefeito respondeu à presidente que não tem controle sobre esse tema na bancada, de acordo com informações de bastidores tanto no governo quanto entre parlamentares do PSD. E se justificou: entre os 47 deputados do partido há muitos ruralistas, todos eles envolvidos no intenso debate que é travado a respeito do Código Florestal. E eles querem mudar o projeto que voltou à Câmara, retirando a parte que obriga quem desmatou beira de rios a fazer o reflorestamento das áreas degradadas.

Dilma ainda teria argumentado que uma das lideranças do PSD é a senadora Kátia Abreu (TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). E que ela participou do acordo feito no Senado, juntamente com o outro senador do partido, Sérgio Petecão (AC). O problema, respondeu Kassab, ainda conforme os dados de bastidores, é que o projeto está na Câmara e lá é seu destino final. Se os deputados retirarem o artigo que torna obrigatório o reflorestamento, o projeto seguirá diretamente para a sanção presidencial, sem necessidade de volta ao Senado.

No dia 15 de fevereiro Kassab disse o primeiro "não" para a presidente. Depois de ensaiar um acordo com o PT para apoiar a candidatura de Fernando Haddad à sua sucessão, ele foi ao Palácio do Planalto dizer a Dilma Rousseff que José Serra (PSDB) decidira concorrer à prefeitura paulistana. Diante do novo quadro, ele afirmou que se apresentava à presidente para dizer que recuara das negociações já entabuladas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não tinha outra alternativa a não ser apoiar José Serra, seu padrinho na prefeitura de São Paulo.

No encontro que teve com a presidente Dilma Rousseff na quinta-feira, Kassab disse a Dilma que só não tinha condição de ajudá-la na parte referente ao Código Florestal. Prometeu apoio ao governo, sem exigir cargos ou liberação de emendas parlamentares ao Orçamento da União, dois dos motivos que conflagraram a base aliada nas últimas semanas. Por causa da crise, o governo decidiu suspender todas as votações até o dia 11 de abril. Entre os projetos urgentes, está a Lei Geral da Copa.

Kassab disse à presidente que entende como "grave" o momento político, porque as relações entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo estão muito desgastadas. Prometeu que atuará para aparar as dificuldades em sua bancada. Disse ainda que o partido votará com o governo na Lei Geral da Copa e em outras propostas importantes. A exceção é o Código Florestal.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - Em pouco mais de um mês, a presidente Dilma Rousseff ouviu dois "nãos" da boca do prefeito Gilberto Kassab, também presidente do PSD. Num encontro realizado na quinta-feira à noite, no Palácio do Planalto, Dilma pediu a Kassab ajuda para convencer os parlamentares do PSD a apoiar o projeto de reforma do Código Florestal que foi aprovado pelos senadores, e que garante a recuperação de vegetação nativa às margens de rios. A negativa de Kassab fratura ainda mais a base governista no Congresso.

O prefeito respondeu à presidente que não tem controle sobre esse tema na bancada, de acordo com informações de bastidores tanto no governo quanto entre parlamentares do PSD. E se justificou: entre os 47 deputados do partido há muitos ruralistas, todos eles envolvidos no intenso debate que é travado a respeito do Código Florestal. E eles querem mudar o projeto que voltou à Câmara, retirando a parte que obriga quem desmatou beira de rios a fazer o reflorestamento das áreas degradadas.

Dilma ainda teria argumentado que uma das lideranças do PSD é a senadora Kátia Abreu (TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). E que ela participou do acordo feito no Senado, juntamente com o outro senador do partido, Sérgio Petecão (AC). O problema, respondeu Kassab, ainda conforme os dados de bastidores, é que o projeto está na Câmara e lá é seu destino final. Se os deputados retirarem o artigo que torna obrigatório o reflorestamento, o projeto seguirá diretamente para a sanção presidencial, sem necessidade de volta ao Senado.

No dia 15 de fevereiro Kassab disse o primeiro "não" para a presidente. Depois de ensaiar um acordo com o PT para apoiar a candidatura de Fernando Haddad à sua sucessão, ele foi ao Palácio do Planalto dizer a Dilma Rousseff que José Serra (PSDB) decidira concorrer à prefeitura paulistana. Diante do novo quadro, ele afirmou que se apresentava à presidente para dizer que recuara das negociações já entabuladas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não tinha outra alternativa a não ser apoiar José Serra, seu padrinho na prefeitura de São Paulo.

No encontro que teve com a presidente Dilma Rousseff na quinta-feira, Kassab disse a Dilma que só não tinha condição de ajudá-la na parte referente ao Código Florestal. Prometeu apoio ao governo, sem exigir cargos ou liberação de emendas parlamentares ao Orçamento da União, dois dos motivos que conflagraram a base aliada nas últimas semanas. Por causa da crise, o governo decidiu suspender todas as votações até o dia 11 de abril. Entre os projetos urgentes, está a Lei Geral da Copa.

Kassab disse à presidente que entende como "grave" o momento político, porque as relações entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo estão muito desgastadas. Prometeu que atuará para aparar as dificuldades em sua bancada. Disse ainda que o partido votará com o governo na Lei Geral da Copa e em outras propostas importantes. A exceção é o Código Florestal.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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